A holandesa C&A pode substituir o espaço que antes era ocupado pelo Supermercado Araújo no Via Verde Shopping. A informação é extraoficial. A assessoria do Via Verde não confirma a informação.
A empresa é uma das maiores redes de varejo do mundo e está no mercado há 165 anos. No Brasil, está desde 1976. A possibilidade de vir ao Acre estende a presença no Norte, já realidade no Pará, Rondônia e no Amazonas.
“Isso ainda é segredo”, afirmou a assessora de imprensa do Via Verde Shopping, Mirla Miranda. “As negociações ainda estão acontecendo, mas semana que vem deve ter alguma coisa já formalizada”.
A assessoria de imprensa da C&A foi contatada pela equipe do Acre Economia. Por e-mail, a empresa confirmou a intensão de expandir presença no Norte. “A C&A pretende expandir suas operações para o Acre, mas ainda não iniciou negociações para a abertura de uma loja no Estado”.
As conversas para a vinda da C&A já acontecem há algum tempo. Quando o sócio proprietário da administradora do shopping, Dorival Regini, esteve em Rio Branco há duas semanas ele já tinha a informação de que a direção dos Supermercados Araújo formalizaria a saída do empreendimento. Era preciso ter uma reação à altura.
Na ocasião, Regini concedeu uma entrevista ao suplemento Acre Economia e justificou a saída de algumas lojas (sem citar o Supermercado Araújo) com a seguinte afirmação. “Uma prova de que o Via Verde está se consolidando é o fato de que quando fecha uma loja abre-se outra na sequência”, sugeriu Regini.
A saída do Supermercado Araújo já vinha sendo pleiteada desde o ano passado. Exigiu até articulação junto a agentes de governo que intermediaram conversas entre a empresa acreana com a direção do shopping. As conversas nunca admitidas publicamente.
Adequações foram feitas
Os irmãos Ádem e Aldenor Araújo decidiram manter o empreendimento com modificações no padrão de atendimento nas instalações (até ar condicionado foi desinstalado para diminuir custos de comercialização). Mas, não foi possível suportar mais. As vendas não deslanchavam e as portas tiveram que ser fechadas semana passada.
A possibilidade de chegada da C&A abre novas perspectivas ao Via Verde. A empresa tem credibilidade no mercado varejista. Com três pontos de distribuição (dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro), garante fornecimento de mercadorias baratas com baixo custo de comercialização em função de grande volume de vendas. No Via Verde Shopping, os possíveis concorrentes diretos da C&A serão a Renner, Riachuelo e Marisa.
Integração lavoura pecuária triplica suporte do pasto no Acre
ITAAN ARRUDA
O sistema de integração lavoura/pecuária já mostra efeitos positivos nos pastos acreanos. Na região de Capixaba, o consórcio da produção de milho com posterior forragem de capim praticamente triplica o suporte da área.
“Onde antes eu tinha três cabeças de gado, após a colheita do milho, é possível colocar até nove animais”, relata o pecuarista Leandro Veronez, que gerencia duas propriedades ao longo da BR-317.
As propriedades de Veronez ficam localizadas no município de Capixaba. Ele lembra que começou a realizar a integração lavoura/pecuária em 2011. O preparo da terra foi feito para a safra de 2012. Foram plantados primeiramente 60 hectares de milho.
Este ano, a área já foi ampliada para 260 hectares. Para 2014, o pecuarista já pensa em plantar de 350 a 400 hectares de milho. “Na safra do ano que vem, vamos escolher uma espécie melhor de semente de milho, embora a espécie que escolhemos tenha dado certo para a média da região”, diz Veronez.
Há dois anos, a produtividade da lavoura do jovem pecuarista foi de 93 sacos por hectare. Nem de longe se compara com outras regiões do país. Está muito aquém. Na safra deste ano, colhida este mês, já aumentou para 110 sacos por hectare. A compra prevista de uma semente melhor (e mais cara: em torno de R$ 400 a R$ 500 reais o saco) cria expectativa de uma produtividade também melhor.
Impressiona a diferença da paisagem “antes” de “depois” da aplicação do milho na pastagem. Primeiro, tinha-se praticamente uma área degradada: um pasto ruim. O preparo da terra é feito para receber as sementes. O plantio amadurece, é feita a colheita mecanizada.
Logo após, planta-se o capim. É nesse momento que se vê o efeito benéfico para a pecuária. O capim cresce vistoso, saudável. É o que os técnicos chamam de “suporte”. ‘Aumentar o suporte’ é aumentar o número de animais em uma determinada área. Na propriedade de Veronez, essa capacidade de suporte foi triplicada com a integração lavoura/pecuária.
Investimentos do governo deram segurança ao pecuarista-agricultor
Leandro Veronez é taxativo. “Só investi na produção de grãos porque o governo montou uma estrutura correta e que viabilizou o empreendimento”, disse o pecuarista-agricultor. “Sem armazém e secadores não há como”.
Veronez se refere à construção de silos graneleiros realizada pelo Governo do Acre. Há 13 anos, o agricultor não tinha muitas opções para armazenar a pouca produção. Armazéns de instituições federais sem condições de acomodar o produto com a qualidade necessária e também sem ter produção consorciada que demandasse safras com melhor produtividade.
Empreendimentos públicos/privados como Acre Aves e Dom Porquito ou estritamente privados, como Granja Carijó, demandam maior produção de grãos. O Complexo de Piscicultura ainda não está em operação, mas já pode ser contabilizado como fator de pressão pelo aumento da área plantada.
Cadeias produtivas em processo de consolidação associada à melhoria da infraestrutura de escoamento e armazenagem desenharam o cenário propício para investimentos. “O Banco da Amazônia foi importante para que pudéssemos melhorar a qualidade do maquinário”, diz pecuarista-agricultor Leandro Veronez.
Foram mais de R$ 500 mil em maquinários. “Uma das maiores dificuldade do pecuarista se transformar em agricultor é o investimento alto em máquinas. Temos que ter a certeza de que se está fazendo um bom negócio”.
O cenário internacional também proporciona investimentos. “Estamos em um momento em que os grãos estão muito valorizados no mercado”, diz. “Então, está compensando fazer”.
Atualmente, a capacidade instalada de armazenagem de grãos nos silos graneleiros construídos pelo governo é de 24,5 mil toneladas. A região do Vale do Acre é a que tem maior quantidade por ter melhor infraestrutura de escoamento e, consequentemente, maior produção.
Em outubro, a desecagem do pasto deixa palhas no campo. Planta-se milho em cima da palha, sem necessitar de nova adubagem. Nesse processo, evita-se o gradeamento. A incorporação da matéria orgânica, melhora cada vez mais o solo. É uma ciranda.
Soja também vai ser usada
Veronez já ensaia os primeiros plantios de soja em outubro. Vai experimentar o plantio em uma pequena área. Após a colheita da soja em fevereiro, replanta milho, que tem planejamento de ser colhido em junho de 2014. “Aí, eu formo o pasto e uso até outubro e, em outubro, eu volto a plantar soja de novo”, calcula. “São duas safras de lavoura e mais pasto”.
Empresários apresentam planos de negócios para construir no Polo Logístico
As empresas Frios Vilhena e Acre Parafusos foram as primeiras a apresentar planos de negócios à Comissão da Política de Incentivo às Atividades Comerciais e de Logística de Distribuição do Estado do Acre (Copal), requerendo terrenos dentro do Polo Logístico.
As documentações das empresas estão sendo analisadas pelos técnicos da Copal e, dentro dos próximos dias, a Comissão se reunirá para analisar os processos.
O empresário José Carlos, da empresa de distribuição Frios Vilhena, aguarda o resultado da avaliação para iniciar as obras do seu galpão. “Assim que meu plano de negócio for aprovado e as obras de infraestrutura do Polo forem concluídas, inicio imediatamente as obras no meu terreno”, afirma, sorridente.
Segundo o empresário, todo o setor de distribuição e atacado aguarda ansiosamente pelo Polo Logístico. “Nossa situação vai melhorar muito. Vamos poder ampliar as atividades comerciais, a quantidade de emprego, expandir nosso negócio”, declarou.
A estimativa da Secretaria de Desenvolvimento Florestal da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) é de que o Polo Logístico atraia um investimento de aproximadamente R$ 150 milhões do setor privado, com a construção dos galpões, além de gerar em média três mil empregos diretos.
Atualmente, mais de 50 empresas demonstraram interesses em se instalar no local, no momento elas trabalham na preparação dos planos de negócios para apresentar a Copal, comissão que vai analisar se determinado empreendimento possui documentação necessária, e se preenche os quesitos para ser beneficiado com a concessão de um terreno dentro da área.
Uma novidade que anima os empresários é a respeito da lei 2.577/2012. Segundo descreve o artigo 5º da lei, é “autorizada a constituição de hipoteca sobre o imóvel doado e a concessão de direito real de uso, com finalidade de financiamento bancário para implantação e execução de empreendimento comercial e de logística e distribuição”.
Dessa forma, os empresários que adquirirem concessões de terrenos dentro do Polo Logístico, podem utilizá-los como garantia junto aos bancos. “Esse foi um verdadeiro ‘gol de placa’ do governador Tião Viana, pois nós não vamos precisar dispor do nosso capital de giro para construir os galpões”, explicou José Carlos.
Para o secretário Edvaldo Magalhães, o Polo Logístico será o grande e perene endereço dos atacadistas, distribuidores e transportadores do Acre. “O Polo é uma modernidade do ponto de vista da organização, do abastecimento de nossas cidades. Um passo para desafogar o trânsito da capital. Mas, principalmente, um polo gerador de emprego no Acre. Aprovaremos as primeiras concessões que serão seguidas de tantas outra. Faremos justiça com os empreendedores: quem chega primeiro, bebe água limpa”, destacou o Edvaldo.
Sobre o Polo Logístico
O Polo Logístico de Rio Branco está sendo construido, no km 5, da BR 364, ao lado da Cidade do Povo, em uma área de 133 hectares. No local abrigará empresas do ramo de distribuição, atacado, varejo e transportes.
A parceria público-privada entre governo do Acre e empresários permitirá reunir em único local todas essas empresas, evitando que caminhões de grande porte trafeguem nas vias da cidade. A obra custará para o Governo do Estado R$ 22,5 milhões, valor usado na compra do terreno e em toda infraestrutura da área, que incluir arruamento e urbanização. (Assessoria Sedens)
Siderurgia da floresta: Reciclagem garante produção de utensílios de alumínio
ITAAN ARRUDA
Em rotatórias ou acostamento de estradas de áreas próximas a Rio Branco, é possível ver o que a persistência e o espírito empreendedor são capazes de fazer. Os “artesãos do alumínio” (como gostam de ser chamados) vendem utensílios para cozinha, tudo feito com material reciclado.
“Tudo o que nós manejamos é reciclado”, orgulha-se Francisco Adão, 20 anos de experiência no setor. “Da madeira que vem dos resíduos das serrarias até o alumínio que pegamos nos ferros-velhos da cidade, tudo é reciclado”.
Adão e outras cinco pessoas formam um grupo que teve que se separar para manter uniforme o processo produtivo de panelas, frigideiras, tapioqueiras, tachos, tudo feito de alumínio. As peças va-riam de R$ 10 a R$ 500.
O processo de produção é completamente artesanal. O grupo precisa de apoio para a compra de um forno elétrico que agilizaria a produtividade. “Sem o forno, nós produzimos cerca de 60 peças por dia”, conta Adão. “Com o forno elétrico, poderíamos ampliar para 500 peças”. O forno elétrico é orçado em R$ 60 mil.
Adão conta que já recebeu visita de equipe da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios. “Mas, até agora, nada”, lamenta o empreendedor. Ao contrário. Segundo ele, a única ação do poder público foi obrigar a sair da rotatória da AC-40 com BR-364 (Corrente).
“Tive que vir aqui e pedir ao empresário daqui para ficar nesse ponto”, diz, se referindo à rotatória da entrada da antiga entrada da Estrada do Amapá, onde fun-ciona uma retífica de motores. “O pessoal da prefeitura disse que vamos ter um espaço no shopping popular, mas o melhor ponto para nós é nas estradas e rotatórias”.
Adão avalia que a presença dos produtos na Expoacre pode ser uma alternativa viá-vel para o grupo. “Nunca conseguimos entrar na Expoacre porque não temos como pagar, mas seria muito bom para apresentar nosso trabalho”, sugere.
Produção é toda artesanal
O processo produtivo é inteiramente artesanal. Em uma pequena unidade produtiva no bairro Taquari, os trabalhadores se misturam aos resíduos de alumínio e a um pequeno forno.
Adão e os outros cinco amigos chegaram a ter um forno maior no bairro Santa Inês, mas tiveram problemas com os fiscais dos órgãos ambientais. O forno tinha capacidade de gerar até 800ºC. “Parecia uma turbina de avião”, recorda Adão. “Tivemos que nos separar para poder continuar produzindo e agora cada um faz uma parte. Somos pequenos e não temos condições de bancar os encargos”.
Adão tem dois filhos e já manteve jornada de trabalho de quase 22 horas de trabalho para conseguir controlar todo processo produtivo. Expõe os produtos nas calçadas, após tirá-los da uma caminhonete cujas parcelas são pagas com a parte da sociedade que lhe cabe das vendas.
Senac/AC lança edital para o PSG e agenda de cursos do 2º semestre
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/AC) lança edital do Programa Senac Gratuidade (PSG) e agenda de cursos para o segundo semestre de 2013, nas áreas de moda e beleza, turismo e lazer, gestão e negócios e ambiente e saúde.
O edital fica disponível até dia 20 de junho, podendo ser acessado pela internet, no site www.ac.senac.br e pelas redes sociais. As inscrições no processo seletivo para preenchimento de vagas dentro do PSG serão realizadas somente via internet.
O que é o PSG? É mais uma ação do Senac/AC para promover a inclusão social. O programa oferece, desde 2009, vagas gratuitas em cursos de formação inicial e continuada (aprendizagem, capacitação e aperfeiçoamento) e de educação profissional técnica de nível médio (qualificação e habilitação técnicas), com custo zero à população de baixa renda.
Da agenda – A agenda poderá ser acessada também pelo site www.ac.senac.br, bem como o acompanhamento de todos os cursos disponíveis para o segundo semestre de 2013. (Ascom Fecomercio/AC)