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Sem apoio, único time de basquete de cadeirantes no Acre apenas treina e está fadado a acabar

Eles já se superaram. Há cinco anos, cerca de doze homens formam o único time de basquete em cadeira de rodas do Acre. Time que pode simplesmente acabar pela falta de apoio financeiro. Sem ajuda, a equipe só treina, não disputa uma competição oficial há quase dois anos e os atletas estão desmotivados.

O presidente da Federação Acreana de Basquete de Cadeirantes (Feabc), Márcio Cleide, explicou que a ideia de formar um time foi colocada em prática em 2008, quando disputaram a Copa Norte em Manaus, com dez atletas. Segundo ele, sem apoio a equipe não tem condições de jogar competições fora do estado (a última chance foi na Regional Norte, disputada em junho de 2013, em Manaus) e fica apenas nos treinos.

“Os jogadores treinam visando disputar uma competição. A partir do momento que você só treina e não joga, desmotiva. Só treinar sem competir não dá. Fica difícil manter todos os atletas. A maioria está empregada em empresa privada e não tem mais tempo. Uma bolsa para cada um seria o ideal, mas sabemos que nosso esporte não é de alto rendimento”, comentou.

A vida do cadeirante Márcio Cleide mudou em 2006. Ele, que hoje tem 37 anos, estava trabalhando em um desmate e uma árvore caiu sob seu corpo. Com uma lesão medular, passou a andar na cadeira de rodas.
“Encontrei no esporte uma forma de ser útil. Pratico o basquete porque gosto, não é pra ganhar a vida”, finalizou Cleide, que trabalha como cobrador em uma empresa de transporte coletivo de Rio Branco.
A Seleção Acreana de Basquete em cadeira de rodas treina todas aas sextas-feiras, das 19h às 21h, na quadra da Faculdade Meta, a Fameta, na capital acreana. (João Paulo Maia / GE Acre)

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