Mais uma vez o Acre prova ser um exemplo internacional de estado que se desenvolve pautado pela sustentabilidade. Quem reconheceu, agora, este modelo acreano ‘verde’ de ser foi o Governo do Amazonas. Durante o workshop intitulado ‘Technical Exchange on Jurisdictional REDD+’, realizado entre os dias 13 a 15 da semana passada e que reuniu, em Manaus, foi apresentado um balanço estatístico que mostra que o Acre reduziu Acre, depois de 1995 até o ano de 2010, em torno de 60% das suas emissões de carbono por desmatamento.
E as reduções não param por aí. A meta acreana para os próximos 7 anos (ou seja, até 2020) é não só conseguir se manter com esta taxa de redução nas emissões de carbono em 60%, como também conseguir atingir um índice de queda maior ainda: 80%.
Os dados foram apresentados pela representante do governo acreano no workshop em Manaus, a chefe do departamento de normatização do Instituto de Mudanças Climáticas do Estado (IMC) e representante pela regulação do sistema de serviços ambientais e do programa Carbono do Acre, Mônica De Los Rios. Os dados não deixaram dúvidas de que o Acre vem se fortalecendo nos últimos anos como o estado mais avançado do mundo na implantação de programas e outros meios para tirar do papel a proposta do REDD (Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação Florestal).
A gestora do Acre detalhou que estas ações para a redução do carbono estão inseridas na Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Estado e vão desde os programas de certificação de propriedades rurais, o de florestas plantadas que visa fazer reflorestamento para fins energéticos, o de manejo florestal comunitário, o de incentivo a cadeias produtivas no Estado visando a industrialização de produtos madeireiros e não madeireiros, o de pecuá-ria intensiva, o de aproveitamento de áreas já degradadas para transformá-las em áreas produtivas, etc.
Mônica De Los Rios também destacou os passos que o Acre teve até chegar a este nível mais baixo nas emissões de carbono e os desafios que é manter a situação local neste grau. Segundo ela, a atual conjuntura do Acre foi possível graças a uma importante medida tomada há 12 anos, por governantes da atual situação política local, que foi fazer o zoneamento ecológico econômico, unindo a necessidade do progresso financeiro com os mecanismos de conservação socioambiental.
Vale destacar que o workshop na capital do Amazonas reuniu representantes de entidades civis e de órgãos do governo do Estado vizinho e de mais 5 unidades federativas (Pará, Mato Grosso, Tocantins, Amapá e, é claro, do Acre). Ativistas e gestores de outros países também participaram do evento, tais como Estados Unidos, Alemanha, Chile, México, Gana, Etiópia e El Salvador. (Com informações do Portal A Crítica)