Cerca de 100 adolescentes que participam do projeto Guarda Mirim, no bairro Recanto dos Buritis, realizaram uma ação de conscientização à comunidade sobre os riscos que a dengue pode trazer. Durante a manhã desta sexta-feira, eles acompanharam agentes de endemias e repassavam todas as informações sobre o mosquito para os moradores.
Dulcineide Souza, coordenadora do curso de Endemias, explicou o que foi passado aos adolescentes. “No curso, eles conheceram o trabalho do SUS, da Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica, além da parte do vetor, o mosquito transmissor da dengue, de onde ele veio e como se instalou no Acre e a prevenção. Esta foi a aula prática deles, na qual realizaram as visitas de casa em casa, fazendo a conscientização e mobilização no bairro, assim como o agente de Endemias faz”.
Segundo Romanio Bonifácio, coordenador administrativo do projeto, os adolescentes são vulneráveis à influência no crime e ações como esta os afastam deste caminho. “Estamos na 2ª fase do projeto. Em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Epidemiológica, realizamos um curso de agentes de Endemias. Eles realizaram um arrastão de prevenção à dengue no Recanto dos Buritis, Areal e Santa Inês, acompanhando o dia a dia dos agentes. O Recanto dos Buritis sempre apareceu na mídia de forma negativa. A Polícia Militar, através do 2º Batalhão, tem interagido com a comunidade, principalmente pensando em diminuir os índices de violência. Percebemos que só a repressão não funciona. Estes adolescentes têm uma formação técnica no projeto e têm a possibilidade de crescer e não ficar às margens da sociedade”.
Para Elenice Lira, os adolescentes contribuíram muito. “Eles ajudaram os agentes a combater a dengue, um dos agravos que temos. Agora está controlada, mas quanto mais pessoas puderem estar ajudando nesse sentido, melhor ainda. Assim conseguimos controlar cada vez mais os índices”.
Thiago Feitosa, de 14 anos, gostou da experiência. “Foi bom participar, ajudamos pessoas, trazendo a conscientização para que elas cuidem de seus lares e não deixem a dengue entrar. O trabalho dos agentes é difícil e nós sentimos na pele. A população nos atendeu e gostei muito de participar desta ação”.