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Hemoacre faz apelo à população para conquistar mais doadores ‘fidelizados’

A funcionária pública Francisca Alves há 6 anos doou sangue pela primeira vez, para ajudar uma amiga. Desde então, ela se tornou doadora fidelizada do Hemoacre. “Ajudar o próximo é uma forma de amor. Eu acredito que todas as pessoas deveriam ser solidárias. Já cheguei a doar para colegas que iriam fazer cirurgias ou que sofreram acidente, mas a maioria das doações que faço é voluntariamente. Tenho a sensação de ter ajudado a salvar várias vidas. É preciso que haja uma conscientização”.

Apesar das grandes mobilizações que o Hemoacre tem feito, as doações ainda são poucas, explicou Marlice Aquino, gerente de captação do hemocentro. “Temos realizado campanhas e a mobilização pontual somente nos dias que solicitamos, através das mídias, ou quando familiares pedem. Na verdade, o atendimento tem que crescer diariamente. Não em um só dia. É necessário que o número de doadores aumente”.

O Hemoacre disponibiliza a unidade móvel em vários pontos, principalmente Calçadão da Benjamim Constant. “Intensificamos para tentar aumentar o número de doadores. Isso aproxima as pessoas que não tem tempo disponível para se deslocar até o hemocentro. Esperamos que os resultados melhorem e que a sociedade se solidarize com a doação de sangue, participando de uma forma constante”, disse Marlice.

Há uma rotina de liberação de bolsas para o atendimento hospitalar, ressaltou a gerente. “São aproximadamente 30 bolsas diariamente. Seria necessário termos uma quantidade de doações diárias que superassem este número de bolsas. Infelizmente não temos alcançado esta meta. As doações diárias são inferiores a 20 bolsas”.
O risco no comprometimento do atendimento da rotina é constante. “Visualizamos os atendimentos diários nos hospitais. Os processos eletivos podem ser reajustados a outras datas em alguns casos, porém no atendimento noturno não temos alternativas. Quando somos solicitados, temos que ter o sangue no estoque de prontidão. Precisamos ter um estoque com, no mínimo, 40 bolsas por dia”, enfatiza.

Hoje cerca de 32 mil pessoas são cadastradas no banco de doadores. “Para mantermos um atendimento adequado em todas as unidades, devemos ter um banco de doadores fidelizados. Isso não acontece em número adequado. Pedimos aos doadores que retornem e façam a doação pelo menos 2 vezes ao ano, que é a quantidade mínima para fidelização. Pelo total de cadastrados, saímos deste risco de emergência. Se as pessoas retornassem mais, certamente essa estatística melhoraria muito”.

Quem pode doar?
Pode ser homem ou mulher que goze de boa saúde, que não tenha sido acometido depois dos 10 anos de idade de hepatite;
Estar alimentado;
Ter entre 18 e 67 anos de idade;
Doadores de 16 e 17 anos são aceitos mediante presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal;
Pesar acima de 50 quilos
Apresentar um dos seguintes documentoss: carteira de identidade, profissional, habilitação ou passaporte;
Ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior à doação, já que a qualidade do sono é importante (plantonistas não devem doar sangue no dia em que saírem do plantão);
Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 24 horas;
Evitar fumar 2 horas antes da doação.

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