A Justiça Acreana realiza neste mês de junho uma edição especial do Mutirão da Conciliação, cujo propósito é oferecer aos cidadãos uma solução rápida de seus conflitos processuais.
O evento acontece na sede dos Juizados Especiais (antigo colégio Dom Pedro), entre os dias 24 e 28, e também vai integrar a programação alusiva aos 50 anos de instalação do Tribunal de Justiça do Acre.
É fundamental o comparecimento das partes intimadas (convidadas) à conciliação durante esse período, sempre das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Para se ter uma ideia do tamanho da atividade, estão agendadas mais de 2 mil audiências e a atuação de 50 conciliadores.
Até o momento, já estão confirmadas as participações das seguintes unidades judiciárias: 1º Juizado Especial Cível, 2º Juizado Especial Cível, 3º Juizado Especial Cível, 1º Juizado Especial Criminal, 2º Juizado Especial Criminal, 1ª Turma Recursal e 2ª Turma Recursal.
Coordenadora dos Juizados Especiais do Acre, a desembargadora Cezarinete Angelim destacou o pioneirismo do Judiciário Acreano. “O Acre é vanguarda desde 2001 em matéria de conciliação. Estamos reafirmando essa vocação com uma grande atividade, a qual vai permitir que as pessoas sejam alcançadas e tenham seus litígios resolvidos de forma rápida e fraterna. Já está comprovado que a cultura do acordo é o futuro da Justiça brasileira”, disse.
Segundo o CNJ, 65% das ações judiciais civis no País discutem valores que não chegam a R$ 1 mil, mas cada processo custa, em média, R$ 1,3 mil aos cofres públicos. A difusão da cultura da conciliação, como o Mutirão que será realizado neste mês, diminuiria bastante a entrada de processos no Judiciário brasileiro.
Atualmente, existem cerca de 90 milhões de ações judiciais e todos os anos cerca de 20 milhões de novos processos são criados. A conciliação é um meio alternativo de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (neutra), o conciliador, a função de aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo.