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Obrigatoriedade do Enem é aprovada na Comissão de Educação

 Proposto pelo senador Aníbal Diniz, foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, na terça (18), projeto que torna obrigatório, de forma progressiva, o Enem para todos os concluintes dessa etapa da educação básica. A intenção é fazer com que o exame evolua para fazer parte de um sistema mais ambicioso de avaliação da qualidade do ensino médio e de indução de mudanças curriculares, sem perda para sua principal função do momento, que é selecionar alunos para ingresso no ensino superior.

O PLS 696/2011, de autoria do senador Aníbal, foi acolhido pela comissão na forma de texto substitutivo sugerido pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), relator da matéria. Agora deverá voltar à pauta da próxima reunião, para votação em turno suplementar, exigência regimental para substitutivos aprovados em caráter terminativo. Se confirmado, poderá então seguir diretamente para análise da Câmara, sem passar pelo Plenário.

O senador Aníbal pretende ainda que, por meio da universalização, sejam evitadas estratégias usadas por escolas para obter boa avaliação institucional, como a seleção dos melhores estudantes para fazer a prova. A imprensa já noticiou a criação de falsas filiais, apenas para registrar nessas unidades fictícias os bons alunos, que acabam revertendo para a instituição uma boa colocação no ranking do exame.

O Enem vem sendo utilizado como forma de seleção unificada para admissão nas universidades federais desde 2009. Os resultados podem servir como nota única, pelo Sisu, como fase do processo de seleção ou ainda como parte da pontuação. A nota serve também para certificar a conclusão do ensino médio em cursos de educação de jovens e adultos, assim como para a obtenção de crédito pelo Fies.

Para o senador Aníbal, o sistema de avaliação do Enem vem progredindo de forma muito positiva, o que explicaria o rápido aumento das adesões por parte das instituições de ensino. Ele observou que, em 2011, 48 universidades federais aderiram integralmente ao Sisu como forma de seleção. No conjunto, salientou que 167 estabelecimentos públicos, de algum modo, adotaram a prova nas suas seleções naquele ano. Na sua avaliação, os avanços refletem as qualidades pedagógicas do Enem. Para ele, porém, essa função pode ser ainda mais valorizada, para que o sistema passe a servir como instrumento de avaliação do ensino médio e de ajustamento dos currículos nessa fase de formação.

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