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PEC 37 e Reforma Política dão o tom do movimento ‘Dia do Basta” em Rio Branco

Mais de 15 mil acreanos foram às ruas de Rio Branco, no ‘Dia do Basta’, que aconteceu neste sábado, 22, segundo estimativa da Polícia Militar do Estado do Acre. De modo pacífico e ordeiro os manifestantes ocuparam a Praça Eurico Dutra e as escadarias do Palácio Rio Branco.
Dia do basta - OL 1
Às 18 horas, os manifestantes deram início ao trajeto que atravessou a ponte Juscelino Kubitschek, cruzou a Sebastião Dantas e prosseguiram pela Avenida Marechal Deodoro até a  Praça Plácido de Castro.

Ao som de Cazuza, com ‘Ideologia’ e Caetano Veloso, ‘Alegria, Alegria’, os manifestantes empunhavam cartazes com mensagens de ordem como: “O Acre acordou!”, “Volta Estado Laico” e  “Isso não é Protesto é Progresso”.

Uma das principais pautas de reivindicação do movimento era contra a PEC 37/2011. A PEC que está em tramitação no Congresso visa retirar do Ministério Público o poder de investigação criminal.  

A estudante de Direito, Larissa Lima, 20 anos, disse que a PEC é uma afronta a Democracia, pois permite a impunidade. “Eu vim reivindicar contra a PEC 37 e essa é uma oportunidade de dizer não à impunidade”

Outra bandeira de luta no movimento que se mostrava evidente era o pedido de Reforma Política. Vários eram os cartazes e faixas com pedidos urgentes de mudanças na conjuntura política brasileira. No início do ano a Reforma Política que tramitava no Congresso Nacional foi retirada de pauta e “engavetada”.

Manifestos contra a corrupção eram evidentes. Os manifestantes pediam melhor uso dos recursos públicos. O estudante de 16 anos, Mateus Marreiro, fez o seguinte cartaz: “O dinheiro público é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo!”. Questionado do porquê da mensagem, ele respondeu: “Esse dinheiro é nosso e deve ser gasto conosco e com boas obras”, disse.

O movimento GLBT também marcou presença no “Dia do Basta”. Os cartazes que chamavam a atenção era contra o Projeto que tramita na Câmara Federal, de autoria do deputado Marcos Feliciano, intitulado “Projeto Cura Gay”. Nesse sentido, os manifestantes se posicionavam contra e ques-tionavam. “Marcos Infeliciano, o doente gay em tratamento terá direito ao Bolsa Gay?”, dizia os manifestantes parodiando o nome do parlamentar.

Outros se mostravam não contra a Seleção Brasileira, mas sim contra a corrupção. “Não somos contra a seleção, somos contra corrupção”, diziam.

Um grupo de jovens pedia menos cargos comis-sionados, principalmente, no Judiciário. “Menos cargos comissionados e mais concursos”. A estudante de Direito Raissa Gomes pontuou que os cargos comissionados é sinal de enfraquecimento da democracia, pois tira os direitos dos demais cidadãos.

Tinha protesto de todos os gostos. O mais engraçado, talvez, seja este: “mais saúde, mais educação e menos funk no busão”.
protesto - OL 1

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