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Quinta Vara Cível determina a internação compulsória de morador de rua de Rio Branco

A 5ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco determinou a internação compulsória de um morador de rua, por colocar em risco sua própria vida e a saúde da coletividade com a qual ele convive. A decisão é da juíza Olívia Ribeiro, titular da unidade judiciária, que acatou uma ação civil pública – com pedido de antecipação de tutela -, proposta pelo Ministério Público Estadual.

A magistrada considerou o fato de que J. N. S. é portador do vírus da síndrome da imunodeficiência adquirida (Sida/Aids) e de sífilis, além de ser usuário de entorpecentes, classificar-se como “profissional do sexo” e está acometido de tuberculose.

Ele até teria iniciado um tratamento na Unidade de Acolhimento (UA) Paolo Pêra, mas pediu para sair, sob o argumento de que iria voltar para a companhia da sua mãe, em Cruzeiro do Sul, onde se comprometeu a continuar com o tratamento.

No entanto, em janeiro deste ano, J. N. S. abandonou a UA e, por consequência, o tratamento, inclusive o da tuberculose, não cumprindo com o que prometeu. Para piorar a situação, ele voltou às ruas, ficando a maior parte do tempo nas proximidades da região conhecida como ‘Papouco’.

A decisão – Em sua decisão, a juíza Olívia Ribeiro considerou que o problema posto em análise não parece tão simples como se apresenta, a começar pela discussão acerca da competência, se seria do Juízo Cível ou Criminal. Se fosse Cível, haveria novo debate: se de uma Vara Comum ou de Família. A magistrada considerou que a divergência jurisprudencial ocorre por se tratar de uma autêntica ação de Estado.

Ao considerar que há os requisitos para a concessão da tutela antecipada, a juíza Olívia determinou a imediata internação compulsória de J. S. N. à Unidade de Acolhimento Paolo Pêra. (Agência TJ/AC)

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