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Servidores da Educação iniciam greve por tempo indeterminado

Centenas de profissionais da educação participaram, na manhã desta terça-feira, do ato público que deu início à greve da categoria. Após uma extensa reunião com a equipe de negociação do governo semana passada, as principais reivindicações apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e pelo Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) não foram atendidas.

Logo no início da greve, os responsáveis pelos sindicatos foram chamados para negociar.

“Negociamos com uma equipe com o governo. Há uma proposta para o reenquadramento gradativamente até 2014, equiparação salarial para os contratos provisórios a partir de janeiro, 3500 vagas para o quadro efetivo, sendo 2500 professores e 1000 técnicos, incorporação da VDP no salário a partir do ano que vem e a partir de novembro conversar sobre o ajuste. Há possibilidades de a greve ser suspensa”, disse João Sandim, presidente do Sinteac.

Para o professor Francisco Messias, as negociações não passam de promessas.

“O governo vem enrolando a categoria desde dezembro. As propostas são inviáveis. Em razão disso, vamos fazer uma greve por tempo indeterminado. Estamos unificados, fomos surpreendidos com o pedido de negociação. Não queremos ficar muito tempo paralisados, isso é ruim para nós e para os alunos, mas é o último recurso para mostrar a nossa força”.

Alguns vereadores e deputados compareceram ao ato. Em meio à vaias, o deputado Eduardo Farias (PcdoB), afirmou que apoia a luta dos profissionais.

“Estamos em apoio à luta dos trabalhadores em educação. É um direito deles e que devem ser garantidos. Defendemos a livre negociação, a maturidade e a tranquilidade de negociar. Os trabalhadores devem compreender o governo também, ele quer aquilo de melhor para a sociedade”. Mais de 50% das escolas municipais e estaduais ficaram paradas.

Alguns alunos participaram da manifestação. Wilmiton Luz, aluno do 3º ano do Ejorb, concorda com as reivindicações da categoria. “Se não existissem os professores, não teria nenhuma outra profissão. A categoria é necessitada e precisamos apoiá-los. São essenciais para todos nós, acho justas as reivindicações, eles precisam ganhar melhor”.

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