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Polícias do Acre e de Rondônia prendem nove acusados de falsificar carteiras de habilitação em três estados

A Operação Hidra de Lerna foi desencadeada, na manhã desta terça-feira, 25, pelas polícias civis do Acre e de Rondônia,  nos estados do Amazonas, Rondônia e Acre, onde conseguiram localizar e prender nove pessoas acusadas de integrar uma quadrilha acusada de praticar falsificação de documentos, entre outros crimes.

De acordo a polícia, os integrantes da quadrilha vinham sendo investigados há mais de uma ano em Porto Velho/RO. A quadrilha é formada por servidores públicos, políticos e estelionatários. Eles falsificavam carteira nacional de habilitação em Rondônia e levavam para outros Estados. O grupo contava com a participação de servidores do Detran/RO que também retiravam multas. Por dia, a quadrilha falsificava, em média, 20 carteiras. O preço de cada habilitação variava entre R$ 1,2 mil a R$ 4 mil.

A quadrilha tinha base em Rondônia e atuava também no Acre e Amazonas. Daí a operação ter recebido o nome de Hidra de Lerne, um ser mitológico representado por um dragão de sete cabeças.

A Operação contou com atuação de 50 delegados e 200 agentes espalhados nas capitais e municípios do interior dos três estados. Foram cerca de 80 mandados expedidos pelo Juiz Edvino Preczvski titular da 1ª Vara Criminal de porto Velho.

Toda operação esteve sob o comando do delegado Paulo Kakionis, titular da 1ª Delegacia de Porto Velho e o Corregedor do DETRAN de Rondônia, Dr. Cristiano Lopes Ferreira. Para o cumprimento das prisões no Acre, foram enviados a Rio Branco os delegados Vitor Santana Menezes e Sidney Amadio.

A equipe do Acre estava formada pelos delegados Roberth Alencar, da Delegacia Itinerante, delegado Nilton Cesar Boscaro, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, e do delegado Rômulo de Carvalho. Foram utilizados 25 agentes e nove viaturas.

Os mandados foram cumpridos em três endereços diferentes.

No Acre nove pessoas foram presas:

1 – Jorgiano Melo da Silva

2 – José Ferreira da Silva (Zé)

3 – Weldem Loiola de carvalho (conhecido por Fua ou Edinho)

4 – Mara de Fátima Bezerra da Silva (Donda)

5 – Jeane Silva Araújo (Gé ou Jé)

6 – Willion Nascimento Ferreira

7 – Maria Marta Cardoso Gonçalves ( Marta)

8 – Raimundo Edberto da Silva Feitosa

9 – Fábio Luiz de Oliveira

Eles vão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, peculato, falsificação de documentos públicos, estelionato e inserção de dados falsos no sistema de informatização do DETRAN-RO.

De acordo com o delegado Vitor Santana, o grupo não se limitava a falsificação de CNH.

Diferente das mulheres, todos os homens envolvidos na operação já haviam sido presos em Rondônia.

Foi descoberta a instalação de uma verdadeira máfia de servidores públicos, despachantes, de dentro e fora do DETRAN-RO, que acessavam a base de dados do DETRAN e, mediante fraude, realizavam alterações de características em veículos, baixava débito, multa para se licenciar carros e motos. Para o condutor autuado pela Lei Seca, por exemplo, bastava procurar a quadrilha que tudo desaparecia do sistema.

Com essas ações, os criminosos falsificavam em média de 15 a 20 CNH por dia e cobravam entre R$ 1,5 mil a R$ 4 mil.

Todo dinheiro que o proprietário passava para o despachante era rebaixado do sistema e o dinheiro ficava com o despachante. A quadrilha deu enormes prejuízos ao erário público e aos proprietários de veículos, após descoberto que suas multas não  eram pagas.

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