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Em entrevista, governador diz apoiar manifestações democráticas

Tiao viana2206“Na década de 1980 eu puxei manifestação pela Educação com cinco mil estudantes. Eu apoio o movimento. Vivemos um fantástico momento da história da democracia brasileira. Estamos entrando num novo tempo e agora as coisas acontecem em outro ritmo, próprias deste tempo”. A lembrança dos velhos tempos de militância estudantil é do governador Tião Viana, que contou a história durante a entrevista à TV GAZETA.

Durante a entrevista de três blocos, o governador abordou temas que vão desde as manifestações que tem ocorrido no país e também no Acre, a política. As obras da Cidade do Povo, Ruas do Povo e a luta para não desamparar os 11 mil trabalhadores, que podem ser demitidos por força de sentença judicial também estiveram na pauta da conversa.

Sobre as manifestações no Brasil e o Dia do Basta, que acontece neste sábado no Acre, o governador garantiu que apóia toda manifestação, mas deixou claro que é contra depredação, violência e vandalismo, como vem ocorrendo em alguns estados brasileiros. “Tem um grupo aqui que quer algo tão bonito, tão válido, que não se pode deixar de lutar por esse ideal. O que não pode acontecer é depredar patrimônio público, porque isso tem um custo que é público também. O movimento é legítimo e o nosso povo é ordeiro. As pessoas precisam ter a liberdade de se manifestar, de se expressar”, disse o governador.

Questionado sobre as obras da Cidade do Povo – em que a construção das casas foi embargada – Tião Viana explicou que todas as obras de infraestrutura que dependem do governo, como ruas, unidades de saúde, escolas e outros equipamentos públicos, continuam em ritmo normal de trabalho. O que foi paralisado foram às obras das unidades residenciais. “E isso aconteceu por uma informação errada repassada para Brasília, em que informaram que as obras ainda não haviam começado quando já temos paredes erguidas. Tenho certeza que na próxima semana tudo se resolve”, disse.

Na entrevista, o governador também explicou que desde o início da operação G7 se posi-cionou intolerante com qualquer tipo de corrupção. “Já fizemos três operações no governo e prendemos pessoas da gestão. Não temos compromisso com o que é errado. Mas investiguei a fundo cada denúncia contra o governo e as provas que temos dão conta que houveram equívocos. Há 23 ruas que a Polícia Federal alega não existir quando na verdade elas existem e foram pavimentadas”, explicou.

Indagado sobre os 11 mil servidores que podem ser demitidos do governo por ordem da Justiça, o governador disse que sentença judicial não se discute, mas o governo vai esgotar todos os recursos possíveis para não desamparar estes servidores que dedicaram anos de serviço ao Estado. “Não queremos descumprir ordem da Justiça, mas ser solidário a estas famílias. Não podemos achar que alguma medida constitucional ampara o servidor que ingressou sem concurso público, mas afirmo que estaremos ao lado deles”.

O jornalista Alan Rick expôs que nos últimos dias o governo vem sofrendo um período de crise institucional, com a deflagração da Operação G-7, o embargo de obras na Cidade do Povo. “É um período de provas ao qual um governante está sujeito. Eu não sou acusado de nada que eu faço. Eu sou acusado pelo trabalho que está sendo feito para o povo. A oposição quer parar o que estou fazendo. Esses programas não são para os bacanas, são para os pobres”, disse o governador. (Agência Acre)

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