José Antônio Dias Toffoli, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), acredita que o julgamento do mensalão poderá se estender por, pelo menos, mais um ou dois anos. A declaração foi feita durante entrevista divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (11).
De acordo com o ministro, somente depois desse período as penas realmente passarão a ser cumpridas. Até lá, os réus condenados ficarão aguardando a sentença final em liberdade.
Toffoli aproveitou para detalhar a estimativa de que o julgamento dos embargos de declaração devem começar apenas no segundo semestre e se prolongar até o meio do ano que vem.
Os embargos infringentes só podem ser analisados após esta fase, e podem não ser aceitos pelos magistrados. Estes pedem que seja feito um novo julgamento onde o placar dos votos foi apertado pela condenação dos réus.
Toffoli tem uma trajetória próxima ao PT e a alguns dos condenados. Foi advogado do partido e atuou na campanha presidencial de Lula antes de ser indicado ao Supremo. Também foi assessor de Dirceu na Casa Civil.