Com o crescimento da humanidade o consumismo desenfreado gerando traumas profundos irreversíveis ao planeta. Milhares de toneladas de lixos são despejadas diariamente nos córregos, igarapés, rios. O bem mais valioso a água potável está cada vez mais escassa no planeta e isso vem atraindo piratas do século modernos a nossa Amazônia brasileira.
Exemplo são os hidropiratas que vem em navios petroleiros de fachada abastece seus potentes tanques e levam nossas águas dos rios da Amazônia para o comércio na Europa. O recurso renovável como a água também sofre e muito com nossas atitudes consumista. No velho mundo a água já não tem em abundância e com qualidade para o consumo. Cuidar da nossa riqueza é um bom exemplo a ser seguido.
Sabendo disso a população mais esclarecida não liga muito para tal. Nossas atitudes afetam e muito o futuro de nossos filhos, netos e geração por vir. Lembro-me da minha infância de mergulhos e nados no Igarapé São Francisco, na antiga cachoeirinha no Horto Florestal, açude do Banacre, onde a criançada brincava e construir histórias e lembranças “só o que restou”. Quem conheceu lembra, hoje não passa de esgoto a céu aberto, onde a população que habita no entorno joga dejetos de toda sorte cometendo um grave crime.
Como acreano e fotógrafo fiz algumas coberturas para grandes jornais e revista sobre a cheia do Rio Acre. Isso ocorria no ciclo de dez e dez anos, mas agora isso passou a ser uma constante anual. Sabendo que todo ano o rio irá transbordar, porém não é um luxo só nosso, o Rio Negro também causa estragos pelas bandas do Amazonas. Em 2012 tive o “privilegio” de registrar a maior cheia dos últimos tempos. Como diz no jornalismo, quanto pior melhor.
Na verdade não gostaria de fazer esse tipo de comentário, mas infelizmente é daqui pra pior. Vou lançar uma pergunta, não responda. De hoje a 10 anos como os nossos mananciais vão estar? Rio Acre que quando não alaga, desabrigando milhares de famílias, seca gerando escassez de água nas torneiras dos lares.
* Odair Leal é jornalista fotográfico.
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