As redes sociais ganham proporções cada vez maiores. Ignorar isso é dar as costas para a atualidade. Em congressos, reuniões, universidades, instituições, onde quer que você vá, é possível se deparar com o uso desses meios de comunicação, que já conquistaram grande parcela da sociedade.
Quando as redes sociais surgiram, demorou um pouco até as pessoas compreenderem o quanto aquele local requer atenção e responsabilidade. Lembro do tempo em que blogs eram criados para fotos de festas e fofocas. Em alguns casos, devo concordar, ainda é assim. Depois veio a onda dos sites de relacionamento. Uma bagunça só!
O uso desordenado e a ideia de que aquele lugar é terra sem lei, simplesmente alerta para a criação de uma medida. Defendo que as propostas que regulamentam o uso da internet no Brasil saiam do papel. Afinal, quantas pessoas já não foram difamadas nesse espaço? Quantas não sentiram o seu direito ferido e a privacidade invadida?
O certo mesmo seria a existência do discernimento das pessoas, mas na ausência disso, alguém precisa tomar a frente.
Os “espertalhões” que perceberam o poder dessa mídia, dizem-se comunicadores e não poupam acusações para vender as suas opiniões. Peço a permissão para dizer que quem simplesmente expõe um lado nas matérias (o da própria pessoa) não tem o meu respeito.
Outro sério problema nesse mundo virtual é o poder da alienação. Exemplo claro que posso dar sobre isso é o da crença em informações tendenciosas veiculadas por meio de redes sociais. É no mínimo preocupante a rapidez com que as notícias inve-rídicas se espalham na internet. A mentira começa circulando entre um grupo de 10 pessoas, que compartilham para outras 50, que logo se tornam 5 mil, 20 mil, 100 mil, 1 milhão.
O fato é que tem muita gente que ainda não sabe dimensionar o poder das palavras nas redes sociais. Só porque você não está olhando nos olhos da pessoa a quem está ofendendo ou lançando indiretas, não quer dizer que possa ser baixo e perder a noção de civilização. Acredite, as consequências do que dizemos no mundo virtual podem ser bem maiores do que se fossem ditas cara a cara.
Afinal, não é difícil encontrar empresas que usam os sites de relacionamento como ferramenta para avaliar o perfil dos profissionais. Algumas delas já começaram a criar iniciativas potencializadas pelas redes sociais como ações de marketing, comunicação corporativa, relações públicas e pesquisas de tendências e de opinião.
Ou nós nos atentamos para isso, ou seremos atropelados por um mundo virtual, ainda pouco explorado.
* Brenna Amâncio é jornalista.
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