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De que lado você está?

 Fazendo uma análise política do momento, e olha que não sou o melhor jornalista político para fazer qualquer análise, ensejo aqui algumas observações sobre as eleições de 2014 tanto para o Senado quanto para o Governo do Estado. Aqui começaria pela oposição, que a meu ver não encontrou uma liderança forte para colocar ordem no terreiro, ou pode ser uma estratégia?

 O senador Sérgio Petecão (PSD/AC) disse-me em entrevista (conferir a pág. 3) que será candidato ao governo. Mas, a vez não seria do deputado federal Már-cio Bittar (PSDB/AC)? Ora se Pe-tecão tem mais 4 anos de Senado, porque não abrir mão e apoiar Márcio Bittar? Quando o pensamento é Senado é aí que o bicho pega! Levantam a hipótese de que Gladson Cameli (PP/AC) recue na sua candidatura e ceda à vaga para Márcio Bittar. Outro erro, se isso acontecer. Gladson é o nome natural ao Senado. É só ir às ruas, descer na periferia, consultar as pessoas. A vaga de senador pela oposição é, sem dúvida, de Gladson Cameli, do contrário é burrice.

 Acredito que faltam esses ajustes dentro dos partidos de oposição. Se de antemão lançassem os nomes, ganha-riam tempo. Iriam massificando os seus nomes. Acredito que Gladson Cameli não renuncia a sua candidatura. Ele está além de partidos. Tem o povo ao seu lado. Criou uma espécie de luz própria.

 Quando a análise é na situação. Vejo que ela não vai bem, também. Tem muitos atritos. Tem desgastes. Desgastes pelo tempo no poder, o que é natural. Não há como negar que a operação G-7 não trouxe desgastes. Trouxe e será posto à mesa na primeira oportunidade que a oposição tiver nas eleições de 2014. Esta análise faço em conjunto com parlamentares da base governista com quem converso: a não exoneração dos secretários foi algo muito ruim que caiu no seio popular, embora, o governador Tião Viana (PT) não tenha sido apontado em nada na Operação G-7.

 Outro ponto que percebo, e posso dizer com mais propriedade porque resido na região periférica de Rio Branco, é o Programa Ruas do Povo. Mesmo sendo um projeto bom, que revoluciona, não caiu no gosto popular. As pessoas estão vendo as mudanças, mas não aceitam. Entendem como uma obrigação de governo, que de fato é. Então não esperem votos do Programa Ruas do Povo. Acredito que Tião Viana terá uma reeleição difícil. Tida como fácil antes da Operação G7.

 Quando o assunto é o Senado. Penso que o nome natural do momento é da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB/AC). Só ela será capaz de bater Gladson Cameli nas urnas, do contrário, conte com dois senadores na oposição.

 Finalizando, quero dizer que nada disso é concreto. É uma análise e em uma análise pode haver mudanças. É minha opinião como jornalista e eleitor.

* JOSÉ PINHEIRO é  jornalista.
E-mail: jsp30acre@gmail.com

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