Pouco a pouco representantes da caravana da Telexfree estão chegando ao Acre. Parte dos investidores se reuniu na manhã de ontem em frente ao Fórum Barão do Rio Branco para mobilizar a categoria e protestar contra a liminar que suspendeu pagamentos e novas adesões na empresa. No dia 18 de junho, a juíza Thaís Borges, da 2ª Vara Cível, julgou favorável a medida proposta pelo Ministério Público para suspender as atividades da Telexfree.
Shawke Lira, um dos primeiros investidores da Telexfree no Acre, explicou que muitos estão passando necessidades. “A manifestação tem o objetivo de mostrar a força da Telexfree de todo o Brasil. Doze Estados estão reunidos aqui, totalizando mais de 100 pessoas. Só queremos o direito de trabalhar e poder contribuir com a nossa cidade também. Estamos ajudando muitas pessoas. Distribuímos 500 sacolões há 2 semanas. E é isso que queremos continuar fazendo. Estamos ajudando quem está precisando, entregando sacolões e ajuda financeira para pelo menos comprar o que comer. Muitos estão passando dificuldades, porque só sobrevivem da renda da Telexfree. A situação está crítica para estas pessoas”.
O investidor esclareceu que a mobilização é pacífica e não tem nenhum vínculo às ameaças de morte contra a juíza. “Estamos manifestando contra uma decisão que acreditamos não ser correta. Esperamos que o desembargador analise com critério a defesa que foi apresentada e seja sensível. A população não tem culpa nenhuma. Ninguém foi lesado pela empresa ou deixou de receber. A Telexfree sempre cumpriu o que determina o contrato. Se fosse pirâmide ou algo irregular, há muito tempo teria caído. A empresa está mostrando a cara e a legalidade. E é composta por pessoas de paz, do bem e que em momento nenhum usou a empresa para usurpar ou enganar alguém. Alguns estão perdendo o controle, ameaçando e querendo criar vandalismo, mas não é assim que funciona. Queremos deixar bem claro que repudiamos qualquer tipo de ameaça contra a juíza, promotora e o desembargador. Somos apenas contra a decisão deles. Pedimos que as pessoas tenham paciência. Estamos lutando por um direito de forma pacífica e dentro da legalidade”.
O jornalista Sérgio Giambra é de Foz do Iguaçu é um dos idealizadores da caravana. Ele explica que a empresa mudou a economia do Paraná. “Decidimos na quinta-feira, pela manhã, vir para cá. Estávamos muito apreensivos com a decisão e não podíamos ficar esperando. Estamos acompanhando pessoalmente e passar informações mais precisas para a nossa cidade. Lá tem muita gente trabalhando com isso. A nossa região é fronteira e 90% das pessoas que trabalhavam com o contrabando pararam e estão legalizados na Telexfree. A empresa ajudou milhares de pessoas no país”.
Danilo Saúde saiu de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, na sexta-feira e chegou ao Acre no domingo. Ele espera que a Justiça possa ouvi-los. “Estamos buscando o nosso direito. O marketing multinível deve ser reconhecido no Brasil. Remuneração como esta dificilmente alguém vai conseguir trabalhando normalmente. A empresa tem hoje um prejuízo gigantesco tanto quanto seus divulgadores. Estão nos impedindo de trabalhar. Queremos que as atividades voltem. A voz do povo deve ser ouvida. O povo acordou”.
Há 11 anos trabalhando com marketing multinível, Nelson Rocha explica que nunca teve problema algum. “Esta decisão prejudicou mais de 1 milhão de pessoas que desevolvem este trabalho. A empresa está dentro da lei, provou com todas as partes legais, paga os impostos em dia. Isso tem que ser revisto o mais rápido possível. Viajamos quase 5 mil km para estar aqui e defender uma causa justa e as pessoas que trabalham de forma séria e honesta. Somos injustiçados e queremos o nosso direito. Trabalho com isso há muito tempo e nunca tive problemas”.