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Categoria e sindicato têm divergências e assembleia que decidiria rumo da greve da Educação é cancelada

  A assembleia deliberativa dos servidores da educação, que estava prevista para acontecer no Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB), foi cancelada na manhã de ontem. A decisão foi tomada pelos dirigentes do Sinteac e Sinplac, devido o descontentamento dos professores em não poder participar da reunião, que apresentaria as contrapropostas do governo.
A categoria chegou a fechar a Avenida Getúlio Vargas em frente ao CEBRB, indignados por não poderem entrar no local. Um princípio de confusão foi identificado nos portões do colégio, por causa da presença de seguranças para impedir a entrada dos manifestantes. De acordo com os próprios professores, a direção dos sindicados são os responsáveis pelo ato.

“Vamos levar essa situação ao Ministério Público, para que a direção pague pelo serviço dos seguranças. A remuneração deles não pode sair dos nossos bolsos. Iremos fazer uma ação para que as decisões do sindicato não sejam validadas. Nosso próximo passo é procurar a assessoria jurídica”, afirma o professor Renã Pontes, que fazia parte do movimento.
O educador Lucas Silva revela que o principal descontentamento da categoria é o fato de não poder participar das principais decisões. “Só tem meia dúzia lá dentro. A base está com a entrada interferida aqui fora. Isso é um absurdo”.

 Momentos após o início dos protestos, os portões foram reabertos, no entanto, nada havia sido definido. Segundo o presidente do Sinteac, João Sandim, o cancelamento da reunião foi necessário, pois o principal objetivo do sindicato é garantir a integridade dos trabalhadores, o que, aparentemente, parecia comprometida. “Essa turma aí já invadiu escola, bateu em aluno e em professor fazendo apitaço, pelo simples fato de estarem trabalhando. Portanto, nós resolvemos suspender a assembleia. Agora vamos ao Ministério Público denunciar os mentores desse movimento, para marcarmos uma nova assembleia com a intenção de garantir que a categoria possa realmente opinar, falar e ser ouvido. Eles só querem a greve para resolver problemas pessoais e nós não vamos permitir esse tipo de coisa”.

 Questionado sobre o motivo pelo qual a direção sindical decidiu descartar uma assembleia aberta, ele justifica que alguns manifestantes desrespeitam os demais servidores.

“Nós estávamos concentrados em frente ao Palácio Rio Branco e lá também tinham divulgadores do Telexfree, pessoas da universidade, que não são trabalhadores da Educação. Nós estamos aqui para encaminhar o que a categoria determinar. Eles só querem fazer a baderna e o desrespeito aos servidores. Por isso suspendemos a assembleia, tiramos do meio da rua, trouxemos para um local fechado. As providências serão tomadas, porque tem crianças sem estudar, e não dá para fazer esse tipo de debate em meio à violência”, denuncia.

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