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Divulgadores processam Telexfree

AlessandraMarques O sistema de processamento eletrônico do Tribunal de Justiça já contabilizava 22 processos de ex-divulgadores contra a Ympactus Ltda., nome formal da empresa de marketing multinível Telexfree. Os processos tramitam na 1ª e na 2ª varas Civil da comarca de Rio Branco.

 Rescisão contratual e ressarcimento do dinheiro investido são as principais reclamações.

 Na Justiça Comum, as ações somam algo em torno de R$ 479,3 mil. No juizado especial, as reclamações somam valor menor: aproximadamente R$ 156,6 mil.

 Pelos números, é possível perceber que os divulgadores não estão contabilizando as perdas com os lucros presumidos caso a empresa não tivesse as atividades suspensas pela juíza Thaís Queiroz Abou Khalil há mais de dois meses, por suspeição de prática de pirâmide financeira.

 Existe a possibilidade de que aumente o número de ações contra a empresa, sobretudo a partir do resultado do julgamento do mérito da decisão liminar prevista para acontecer no dia 5 de agosto, próxima segunda-feira.

 Ações podem ser coletivas – A promotora Alessandra Marques, titular da Promotoria de Defesa do Consumidor, divulgou nota de orientando os investidores da Telexfree a protocolarem ações coletivas e não individuais.

 Veja trecho do documento: “Por derradeiro, é importante esclarecer que, de mesmo modo que não precisam dar início a um processo individual visando ao ressarcimento dos investimentos feitos, o que representa, inclusive, economia de recursos financeiros, os(as) Senhores(as) não precisam requerer a intervenção nas demandas coletivas ajuizadas pelo Ministério Público”.

 A ideia é que as ações coletivas evitem que os processos demorem a ser analisados, como é o caso dos individuais.

 “O ideal é guardar todos os comprovantes dos pagamentos feitos à empresa, o contrato firmado com a Telexfree e comprovantes de investimentos feitos pela via eletrônica, sem os quais não conseguirão provar os valores investidos”.

Divulgador consegue liminar para reaver todo dinheiro investido na Telexfree
 Um advogado do Espírito Santo, divulgador da Telexfree, conseguiu uma liminar para reaver o dinheiro que investiu na empresa. O advogado de 30 anos teria gasto cerca de R$ 5,8 mil em duas contas da empresa.

 A Secretaria Nacional do Consumidor, a Polícia Civil, o Ministério Público e o Ministério da Justiça apuram denúncias contra a Telexfree (Ympactus Comercial LTDA), que tem sede no Espírito Santo, que apontam suspeitas de formação de pirâmide financeira. A prática é considerada crime contra a economia popular.

 O divulgador, que pediu para não ser identificado, contou que entrou no negócio após ter sido insistentemente convidado por um colega de trabalho. Ele contou que se sentiu lesado. “Mesmo sabendo que poderia ter esse risco, eu tentei entrar de cabeça. Já fui chamado em janeiro, em fevereiro, mas pelo receio por causa das investigações, eu não quis entrar. Só entrei pela convocação desse rapaz. Vi a possibilidade de ter um dinheiro a mais. Já tenho o meu salário, mas queria um dinheiro a mais”, disse.

 Após o bloqueio das contas da Telexfree, o advogado voltou a procurar o colega que o convenceu a entrar no negócio. “Ele disse que eu poderia ficar tranquilo, que tudo ia dar certo. Mas sou advogado e sabia que não ia ter solução. Então logo depois entrei com a ação”, completou.

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