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Justiça decreta o bloqueio de novos cadastros da BBom por suspeita de pirâmide financeira

bbom 1 Após o congelamento dos bens, no dia 10 de julho, a empresa BBom também está impedida de realizar novos cadastros. A liminar, decisão temporária, foi concedida pela 4ª Vara Federal de Goiânia, a pedido do Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), na última terça-feira, 16.

 Essa é a 2ª empresa intitulada de marketing multinível que tem a expansão de sua rede bloqueada pela Justiça. A suspeita é de que a BBom atua no mercado em um formato de pirâmide financeira, considerada prática ilícita no Brasil e crime contra economia popular.

 A Justiça alega que os associados são premiados pelo desempenho em cadastrar novas pessoas e não pela venda do rastreador de carro, produto ofertado pela empresa. Diante disso, a sustentabilidade do negócio se acentua no recrutamento de novos cadastros e não na comercialização do material supostamente objeto de franquia.

 Pelo menos 18 empresas que funcionam de forma semelhantes estão sendo investigadas pela força-tarefa de promotores e procuradores da República. A suspeita é que estas redes sejam usadas apenas como fachada para pirâmides financeiras. Como a população é finita, esses negócios são considerados ‘insustentáveis’.

 Para fazer parte da rede BBom, o investidor era incluído na empresa mediante o pagamento de uma taxa de cadastro, com o custo de R$ 60, além da taxa de adesão, que varia de R$ 600 a RS 3 mil, segundo o pacote escolhido. Posteriormente, o novo associado precisava atrair novas pessoas para a rede e pagar mensalmente o valor de R$ 80 no período de 36 meses.
O MPF/GO aponta como evidência o fato de a BBom não ter autorização da Anatel para comercializar os rastreadores de automóveis. Além disso, alega que o faturamento da empresa disparou de cerca de R$ 300 mil ao longo de 2012 para R$ 100 milhões em março de 2013. Por outro lado, o diretor da empresa, Ednaldo Bispo, afirma que o aval não é necessário, pois a Anatel não possui um tipo de licença específica para empresas de rastreamento e monitoramento.

 A BBom foi lançada em fevereiro e, desde então, atraiu quase 300 mil associados com campanhas que exaltam os ganhos expressivos de seus melhores revendedores. (Com informações do site iG SP)

Investidores da Telexfree são convocados para reunião
 Por meio das redes sociais, o divulgador Shawke Lira solicitou a presença de todos os membros da Telexfree numa reunião que seria realizada no auditório do Colégio Armando Nogueira, ontem à noite. No entanto, encontraram a escola fechada. Sem nenhuma explicação para o que teria ocorrido, eles resolveram se reunir em frente ao colégio e na rua mesmo. Foram discutidas saídas para as ações contra a empresa.

 Esclarecimentos – Em nota, o MPE explicou que a decisão de bloquear o acesso dos investidores aos escritórios virtuais partiu da Telexfree, não tendo nada a ver com determinação judicial.

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