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Médicos começam paralisação por tempo indeterminado no Acre

 Com a greve por tempo indeterminado deflagrada, os médicos decidiram se reunir em frente à Aleac para protestar, na manhã de ontem. Dentre as principais reivindicações estão a elaboração de um Plano de Carreira de Estado, a contratação de médicos efetivos por meio de concurso público e a melhoria nas condições de trabalho para os profissionais do interior. Neste período, apenas os serviços de urgência e emergência serão mantidos.

 De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed), José Ribamar Costa, todos os estados entraram em acordo em relação às pautas. Ele defende a importância de alertar a população para o perigo na contratação de profissionais estrangeiros.  “Somos contra a revalidação automática. Consideramos um risco para a população um médico estrangeiro passar a clinicar no país sem ter uma avaliação criteriosa da sua equivalência curricular. Somos a favor da manutenção do Revalida”.

 Além disso, o sindicalista denuncia a falta de estrutura nas universidades federais para abrir novas vagas, conforme prescreve a medida provisória 621 – Mais Médicos para o Brasil.

 No Acre existem aproximadamente 820 médicos. Destes, aproximadamente 70% aderiram à greve, afirma Ribamar. O presidente denuncia que em alguns locais do país a situação na Saúde está crítica. Mesmo com todos os médicos em serviço, é quase impossível atender as demandas. Com base nisso, a categoria espera que as autoridades se sintam pressionadas a discutir as pautas. “O problema não é a falta de médicos. Na verdade, há má distribuição deles no Brasil. Precisamos de mais equipamentos, mais medicamentos, mais ambulâncias, e essa infraestrutura dará melhores possibilidades dos médicos executarem um bom trabalho para os seus pacientes”.

 O sindicalista justifica que as ações a serem tomadas pela categoria visam o bem maior da população e não só dos profissionais da área. Atualmente, alguns médicos estão colhendo assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular, que passaria 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde. Para que isso seja concretizado, é necessário 1 milhão e 500 assinaturas. Até agora conseguiram 250 mil.

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