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Princípio de tumulto marca paralisação de funcionários federais no Estado

Manifesto - OL Discussões entre funcionários públicos federais, professores em greve e militantes do Partido dos Trabalhadores por pouco não tumultuam a manifestação no Centro de Rio Branco. Quando a passeata, até então tranquila, chegou em frente ao Gabinete Civil do Governo do Acre, o presidente da Juventude Petista, Cesário Braga, pediu o microfone para se pronunciar. Braga foi vaiado e se viu obrigado a entregar o microfone à organização do manifesto.

 O grupo político foi praticamente forçado a deixar a manifestação. Um manifestante tentou rasgar uma pequena faixa empunhada por um jovem do Partido dos Trabalhadores. Trocas de ofensas e discussões entre os dois grupos por pouco não terminaram em briga. Uma bandeira do PT foi queimada durante a caminhada.

 Mas, a organização do manifesto soube conduzir a situação, amparada por lideranças sindicais. Os ânimos se acalmaram um pouco mais e a passeata seguiu pelo Centro da cidade até o retorno à Assembleia Legislativa do Acre, local de saída da passeata.

 No Acre, a manifestação dos servidores públicos federais foi muito influenciada pelo descontentamento dos professores do sistema público de ensino, em greve há 17 dias.

 Hoje, um grupo de 50 professores monta acampamento em frente à Secretaria de Estado de Educação como forma de pressionar o Governo a retomar as negociações. O Governo do Acre se retirou dos debates na semana passada diante das constantes negativas de não aceitar as propostas oficiais relacionadas ao aumento de 15% reivindicado pela categoria, reenquadramento e revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações.

 A adesão ao movimento por parte dos funcionários públicos federais foi massiva. Praticamente, todos os órgãos públicos federais estavam representados por meio de sindicatos. A Universidade Federal do Acre teve participação mais expressiva, juntamente com funcionários da Embrapa e Correios.

 O subsecretário do Sindicato dos Docentes da Ufac, Aroldo Cardoso Campos, lembrou que uma das principais bandeiras das manifestações é o combate à corrupção. “Queremos que o país seja um país próspero, que os serviços públicos sejam de altíssima qualidade, mas, para isso, é preciso que a corrupção seja banida”, pontuou.

 “Falou-se muito que essas manifestações não tinham reivindicações pontuais, não tinham objetividade, e estamos aqui para mostrar justamente o contrário”, diferenciou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau do Acre, Robson Mendonça. “O objetivo principal é a moralização da administração pública e a falta de uma política para Educação e para a Saúde”.

 Durante a manifestação, foi anunciada a greve dos trabalhadores da Eletrobras, prevista para iniciar na próxima segunda. Com exceção do incidente em frente ao Gabinete Civil, a manifestação ocorreu de forma tranquila.

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