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Professores acampam em frente à SEE para retomar negociações com Governo

 A partir de hoje, um grupo de 50 professores acampa em frente à sede da Secretaria de Estado de Educação. O objetivo da medida é forçar a retomada do diálogo com o governo, que saiu da mesa de negociação após ter contrapropostas negadas 3 vezes pelos trabalhadores. “O diálogo nunca foi interrompido”, rebate o secretário de Estado de Educação, Daniel Zen.

 “Eles negaram nossas contrapropostas por 3 vezes seguidas em assembleia. Então, são eles quem devem apresentar os números que consideram corretos para que possamos nos posicionar”, afirmou o secretário. “Estou esperando sentado pelas novas propostas do sindicato”.

 Já o presidente do Sinteac, João Sandin, aumenta o tom. “O governo precisa apresentar as propostas se não quiser professores em greve até dezembro, no mínimo”. A fala de Sandin animou os manifestantes, reunidos em frente ao Gabinete Civil ontem, pela manhã.

 A Revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos trabalhadores em Educação e o reajuste salarial (pleiteado pelo Sinteac em 15%) são pontos que o secretário de Educação avalia serem possíveis de viabilizar. “Mas não este ano”, contabiliza Zen. “Para 2013, não é possível oferecer nem 1%. Nem meio por cento. Nada”.

 O secretário considera legítima a busca dos sindicatos de referendar tecnicamente o que consideram justo para a categoria. “É claro que devem ir atrás do Dieese ou de qualquer outra instituição que formule números que os trabalhadores considerem corretos”, disse. “O número que for encontrado deve ser apresentado para nós e vamos analisá-los. Por enquanto, não chegou nada para mim”.

 Hoje, a greve dos professores entra no 18º dia e, segundo o Sinteac, alcança 70% de adesão. Os 30% restantes das escolas com atividades normais estão utilizando professores provisórios. “Os professores só vão sair de frente da secretaria de Educação após serem retomadas as negociações”, afirmou o assessor de imprensa do Sinteac, César Negreiros.

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