Desde o dia 16 de maio que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução nº 175, que regulamenta o chamado ‘casamento gay’ no Brasil, mas parece que os homossexuais de Rio Branco ainda não aproveitaram muito este novo momento jurídico. Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) revelou que a capital acreana não contabilizou nenhum casamento entre pessoas do mesmo sexo, já tendo passados 30 dias desde que entrou em vigência a resolução, ou seja, na metade de junho.
De acordo com a pesquisa, em tal período foram celebrados 231 casamentos de homossexuais em cartórios de Registro Civil instalados em 22 capitais do país. Tal número equivale a uma média de 10,5 casamentos gays por capital. Só que no caso de Rio Branco, não houve sequer 1 registro de união homoafetiva.
Juntamente com Rio Branco, apenas Palmas (Tocantins), Macapá (Amapá) e Maceió (Alagoas) formaram o grupo das capitais brasileiras que ainda não tiveram nenhum registro de casamento entre pessoas do mesmo sexo, conforme os dados da Arpen-Brasil.
Por outro lado, as capitais que mais tiveram registros foram São Paulo (São Paulo), com 43 casos computados; Goiânia (Goiás), com 22 casamentos entre homossexuais; seguido de Curitiba (Paraná), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e Fortaleza (Ceará), todos com 18 casos; Belo Horizonte (Minas Gerais) e Salvador (Bahia), ambos com 17 casamentos contabilizados.
Já as vizinhas de Rio Branco, Manaus (Amazonas) e Porto Velho (Rondônia), registraram 4 e 1 casamento entre homossexuais, respectivamente. Apenas 4 capitais ficaram de fora das estatísticas, devido a impossibilidade da realização do estudo nelas: Natal (Rio Grande do Norte), Teresina (Piauí), São Luís (Maranhão), João Pessoa (Paraí-ba) e Aracaju (Sergipe).
A associação estima que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo ocorrerão com mais frequência quando houver uma mobilização maior para que os homossexuais de todo o país tomem conhecimento sobre os seus direitos matrimoniais.