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Servidores do IFAC param no dia 11 por melhorias para a educação

 Os mais de 400 servidores do Instituto Federal do Acre (IFAC) em Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul farão uma paralisação nesta quinta-feira (11). Na capital haverá concentração em frente ao prédio da Reitoria, no Bosque, com caravanas vindas do interior.

 O evento é organizado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Seção Rio Branco, que denuncia o alto índice de evasão de alunos, a falta de planejamento na oferta dos cursos e de clareza dos editais de ingresso, ausência de documentos orientadores do funcionamento da instituição e outros problemas.

– Todas as reivindicações foram apresentadas numa greve em 2012, mas não foram atendidas, sequer negociadas. Na ocasião, o atual Reitor não recebeu o Comando de Greve – afirma o coordenador docente do Sinasefe, Cleyton Souza Loureiro.

 Em Rio Branco, o IFAC tem um refeitório que não funciona, a biblioteca não empresta livros porque os bibliotecários não têm equipamentos de catalogação e classificação, o prédio do campus tem várias falhas estruturais que colocam em risco as vidas de alunos e servidores e não há laboratórios para o curso de Licenciatura em Biologia.

– No interior é muito pior, principalmente no quesito infraestrutura. Não temos condições de mensurar o que pode acontecer se as pessoas continuarem ingressando no IFAC, já que não há condições dos alunos se formarem dentro das exigências do mundo do trabalho. Não há sequer um estudo prévio sobre as reais demandas locais antes de se divulgar os editais. E os editais, quando saem, usam uma linguagem rebuscada que poucos entendem e têm exigências desnecessárias, como a obrigatoriedade de e-mail – metralha Loureiro.

 Como exemplo da dissociação entre a propaganda oficial do IFAC nos meios de comunicação e a prática, Loureiro cita o curso de Proeja em informática. Proeja, sigla para Programa de Educação de Jovens e Adultos, é voltado a egressos do ensino fundamental que não cursaram o ensino médio na idade apropriada. Na modalidade oferecida pelo IFAC o estudante precisa aprender manutenção em informática, cujas técnicas requerem noções sobre hardware, sistemas de informação, arquitetura de redes e outras. “Imagine alguém que saiu do ensino fundamental, que mora na zona rural, está há anos sem estudar e vir para a escola para estudar isso, sem sequer ter um laboratório minimanente digno. Vai usar esse conhecimento como? Não faz sentido”, comenta Paula Batista, que também faz parte da diretoria.

Para maiores informações, ligar para:
Cleyton Assis Loureiro de Souza
Tel. Cel.: Claro: (68) 9205-7905
              Vivo..: (68) 9942-0595
              TIM..: (68) 8109-2829
              OI…..: (68) 8405-5786

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