Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Sindicato dos Assistentes Sociais tenta se fortalecer e reivindica melhorias

 O Sindicato dos Assistentes Sociais do Acre (Sindsocial), criado há 1 ano, ainda busca se legalizar. Apesar dos avanços conquistados pela categoria na última década, direitos básicos como a definição de um piso salarial adequado, a redução da carga horária e a inclusão dos profissionais nos concursos públicos precisam ser discutidos.

 No Acre, existem em média 3 mil assistentes sociais formados. Desses, apenas 1.150 estão registrados no Conselho Federal. E para o sindicato ainda há um caminho a ser percorrido. Por isso, a categoria resolveu realizar um arraial no Casarão, ontem. Com o dinheiro arrecadado, espera-se pagar a quantia necessária para legalizar o Sindsocial, formado recentemente após uma assembleia.

 O assistente social atua por meio de pesquisas e análises de realidade social, na formulação, execução e avaliação de serviços e programas e políticas públicas que defendem e ampliam os direitos humanos e a justiça social. O profissional tem o objetivo de garantir que a população desamparada tenha acesso às políticas sociais, de forma organizada e planejada. Nas empresas e indústrias, por exemplo, pode atuar no departamento de Recursos Humanos, promovendo ganhos na qualidade de vida e do ambiente de trabalho dos funcionários.

 O presidente do sindicato, Antônio Azevedo, relata que este é só o 1º passo e que muitas conquistas ainda precisam ser alcançadas.

 “Queremos a redução da carga horária, que atualmente é de 30h, sem a redução do salário. Cada profissional tem o seu piso salarial, já os assistentes sociais não. Queremos reverter isso e colocar em agenda pública a inclusão dos profissionais nos concursos, principalmente na Educação. As escolas necessitam de uma equipe técnica formada pelo assistente social e o psicólogo. Isso mudaria a característica escolar, melhorando o comportamento da criança. E, sem isso, as famílias podem ficar sem o devido encaminhamento aos programas do governo”.
Azevedo afirma ter uma grande preocupação para elaborar as normas de cada instituição, e assim caracterizar como os profissionais devem se comportar em cada local, sabendo o que é de sua responsabilidade.

 “Como houve uma demanda das ações sociais do Governo Federal, a procura pelo profissional do Serviço Social aumentou. Mas notamos que algumas instituições estão incluindo o nome dos assistentes sociais para dar credibilidade ao projeto. Não queremos só isso, mas que também existam condições para eles trabalharem. Não é só para inglês ver. Isso acontece no Iapen, onde a qualidade não é exaltada, assim como no particular”.

 Um grande problema para quem atua na área é o excesso de trabalho. Além disso, o presidente denuncia a precariedade da estrutura dos Centros de Referências Assistência Social (Cras). Inclusive, muitos colegas estão acostumados a levar os relatórios, que são materiais confidenciais, para casa. “Existem casos nos quais os Cras funcionam em locais extremamente problemáticos. O excesso de calor torna o atendimento impossível. Além disso, trabalhamos com dados sigilosos, que exigem locais com armários fechados. No entanto, não contamos com isso nestes locais”.

Sair da versão mobile