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Operação ‘Glamour’: Mais 2 meninas afirmam ser vítimas de abuso sexual praticado por Osmir Neto

Operação Glamour 2
 Mais duas menores procuraram o Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Nucria) da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) para denunciar Osmir Neto, na manhã desta quinta-feira, 4.

 Os delegados Getúlio Teixeira e Nilton César Boscaro foram os responsáveis em ouvir as novas vítimas. Eles acreditam que a prisão de Osmir Neto encorajou outras vítimas a procurarem a polícia.

 No final da tarde de terça-feira, após a prisão de Osmir Lima Neto, a Polícia Civil apresentou o material apreendido no escritório do colunista social. Entre outras coisas, foram descobertas revistas pornográficas, calendários de modelos nus e publicações de pornô em quadrinhos com desenho de mulheres praticando sexo oral. Também foram apreendidos sutiãs, calcinhas, CD’s, 2 computadores e preservativos usados dentro do escritório.

 A prisão do empresário e colunista social Osmir D´Al-buquerque Lima Neto, 42 anos, ocorreu na tarde de quarta, 3, no escritório da  agência de modelos Órion, no Centro Empresarial Rio Branco, de propriedade do colunista editor da revista Chique. A publicação seria usada para atrair as vítimas de estupro com promessas de terem suas fotos publicadas nela. A revista que começou a revelar um crime de reincidência do acusado, que já foi condenado a mais de 32 anos por crime de estupro e pedofilia pela internet.

Reincidência no crime de abuso sexual e condenação

 Em 2000, Osmir Neto teve prisão preventiva decretada pela 26ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, após ter sido denunciado por crimes de pedofilia.
À época, ele foi acusado de seduzir menores em estúdios fotográficos. Ao ficar sabendo da acusação, Osmir Neto fugiu para os Estados Unidos retornando ao Brasil no ano seguinte, onde foi preso no Pará.

 Em fevereiro de 2003, o juiz Marco Couto, da 26ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, condenou o colunista social a 32 anos de prisão por seduzir menores em estúdios fotográficos. Osmir Neto cumpriu pena no Presídio Hélio Gomes, na cidade do Rio de Janeiro, e depois conseguiu, junto à Justiça, transferência para cumprir o restante da pena em Brasília. Após 7 anos preso em regime fechado, ele foi beneficiado com a progressão de pena. Deveria permanecer em Brasília, mas fugiu para o Paraguai.

 Há cerca de 5 anos Osmir Neto retornou para o Acre, onde fundou a Empresa Órion Produções e criou a revista Chique.

 De acordo com o inquérito policial da Divisão de Investigação Criminal (DIC), no final de 2009 e início de 2010, o Nucria e a Deam começaram a receber denún-cias contra Osmir Neto de vítimas de abuso sexual e estupro, tanto de menores de idade, no caso estupro de vulnerável, quanto de pessoas maiores de idade que afirmaram terem sido enganadas (Neto teria as fotografado, afirmando que as fotos seriam para publicação na revista, mas durante o ‘ensaio’ elas teriam sido vítimas de abuso sexual).

 Durante as investigações, a polícia coletou provas técnicas e depoimentos suficientes para incriminar o acusado e solicitação à prisão de Osmir Neto, que foi aceita pelo Juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Romário Divino. O magistrado expediu Mandado de Busca e Apreensão no escritório do até então suspeito.

 Durante o cumprimento do mandado, que foi acompanhado pela delegada Elenice Frez, os investigadores encontraram material suficiente para a prisão preventiva de Osmir Neto, o que findou acontecendo e ele já se encontra no presídio estadual de Rio Branco. Se for condenado, poderá pega pena de mais de 30 anos.

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