O senador Aníbal Diniz (PT/AC), em entrevista exclusiva ao Jornal A GAZETA, na manhã de segunda-feira, 15, que o Congresso Nacional fica em uma situação difícil ao não querer incluir na pauta a questão do plebiscito para consultar a sociedade quanto à Reforma Política.
“O Congresso fica numa berlinda. Acredito que, ao rejeitar a proposta da presidenta Dilma de realizar um plebiscito, ele se compromete em fazer a Reforma Política em tempo hábil. A sociedade vai cobrar isso”, enfatizou o senador.
Questionado do motivo da não realização do plebiscito, o senador acreano salientou que a culpa é dos grandes partidos, como o PMDB, que não têm interesse de levar o assunto em discussão. “O PMDB se manifestou contra e aí não reunimos forças suficientes. Mas o PT vai se manter fiel em sua posição”, pontuou Diniz.
Ainda de acordo com Aníbal Diniz, é importante ouvir, por meio do plebiscito, o que o povo tem a dizer sobre a Reforma Política. A partir daí, o Congresso Nacional poderia elaborar pautas no sentido de atender os anseios da sociedade brasileira.
“Nada mais justo do que ouvir a sociedade, principalmente no que diz respeito à composição da Política Nacional. As regras. O povo precisa ser ouvido para sabermos o que ele quer”, defendeu o senador acreano.
Quanto à agenda prioritária do Senado, ele destacou que foi positiva para o país. Afirmou, também, ser favorável ao fim do voto secreto para a cassação de mandato. A proposta é do senador Paulo Paim (PT/RS) e deverá ser votada após o recesso parlamentar.
O senador também destacou o fim do foro privilegiado para parlamentares. Segundo ele, a medida torna a política mais justa e próxima do cidadão comum.