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Lula manda PT barrar coro pela sua volta

Lula manda PT barrar coro pela sua volta Em conversa com parlamentares e governadores do PT, nesta semana, o ex-presidente Lula chamou de ‘burrice’ a tentativa de companheiros de entoar o coro do ‘Volta, Lula’ para a eleição de 2014. Lula cobrou apoio à presidenta Dilma Rousseff e desautorizou quem tenta passar a imagem de que ele é um ‘reserva’ no banco, à espera da saída da afilhada política. “Quem prega o ‘Volta, Lula’ ou é burro ou é ingênuo”, afirmou o ex-presidente, segundo petistas que estiveram com ele. Depois de ter lançado Dilma à reeleição com um ano e oito meses de antecedência, em fevereiro, Lula diz agora que o melhor é empurrar essa discussão para 2014 porque é “um erro” antecipar o fim do governo. O senador Jorge Viana (PT/AC) afirmou que o partido não pode entrar no discurso da oposição. “Não podemos cair na armadilha de enveredar no mesmo debate político da oposição […] Há um mês, o governo tinha todo respaldo e agora há demandas novas das ruas. Mesmo com problemas na articulação política, as mexidas na equipe só serão feitas por causa do calendário eleitoral. O momento é de cautela e de ajustar as coisas”. Lula se reuniu, nos últimos dias, com os líderes do PT na Câmara, José Guimarães (CE), e no Senado, Wellington Dias (PI), e também com os deputados Marco Maia (RS), Cândido Vaccarezza (SP), Ricardo Berzoini (SP) e Nelson Pellegrino (BA). Estiveram com ele, ainda, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), e os governadores Jaques Wagner (Bahia) e Tião Viana (Acre), todos do PT. Amigo de Lula há 30 anos, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) é um dos que defendem abertamente o seu retorno. Em entrevista ao Estado, no último dia 4, Devanir criticou a articulação do governo e disse que a presidente continuará enfrentando problemas na base se não der autonomia aos ministros. “Já está na hora de o Lula voltar”. No seu diagnóstico, ‘falta gestão’ e coordenação política. “A Ideli, coitada, é como um elefante numa loja de cristais”. O ex-presidente não gostou das declarações. Nas conversas dos últimos dias, repetiu várias vezes que o PT só deve discutir a eleição de 2014 em 2014. Também repreendeu quem cobra em público a troca de ministros. Embora Lula tenha críticas à articulação política e à comunicação do governo, ele avalia que a hora é de ajudar Dilma, não de encostá-la na parede. Quem sai perdendo com essa ofensiva, avisa, é o próprio PT. (Agência Estadão)

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