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Santiago se irrita com acusações de Wherles Rocha contra Tião Viana

 Com discursos acalorados de representantes da Telexfree, a sessão plenária ficou tensa quando o deputado Wherles Rocha (PSDB) fez seu pronunciamento afirmando que o governador Tião Viana (PT) era responsável, por meio do Procon, do bloqueio das contas da empresa.

 O deputado Élson Santiago (PEN) fez a defesa do governador e foi vaiado pelos manifestantes. Santiago se mostrou nervoso e foi apoiado por parlamentares tanto governistas quando de oposição. O deputado Elder Paiva continuou a presidir a sessão. Mais calmo, Santiago voltou a presidir a reunião e foi aplaudido pelos representantes da Telexfree.

 A reunião continuou e vários foram os parlamentares que manifestaram apoio aos divulgadores da Telexfree. O primeiro a questionar o bloqueio das contas da empresa pela Justiça foi o deputado Walter Prado (PEN). Segundo ele, o culpado é o governo brasileiro por permitir que a empresa atue no país. Ele questionou o porquê da liberação do Cadastro Geral de Contribuintes (C.G.C).

 “O Estado brasileiro está sem comando. Se há culpado nisso, o culpado é o governo brasileiro. O próprio Ministério da Fazenda disse que era legal. Se era ilegal, por que não soltaram notas dizendo que era ilegal?”, questionou o parlamentar.

 O deputado Manoel Moraes (PSB) fez uso da tribuna e voltou a afirmar que a Bolsa de Valores também é uma aplicação de risco. E questionou a decisão da Justiça acreana. “Será que a Justiça está cuidando do direito dela. O risco é em todo investimento. O ouro é risco, a bolsa é risco”, disse o parlamentar.

Gilberto Diniz (PT do B) foi além é frisou que a decisão da magistrada pode provocar um caos social. Para ele a decisão foi tomada sem consultar especialistas na área de marketing de multinível. “Foi tomada uma decisão de gabinete. Não tem um economista assinando, analisando”.

 Jonas Lima (PT) acrescentou que deseja que o Ministério Público receba os parlamentares e representantes da Telexfree. Ele classificou a decisão ‘descabida’. “É uma decisão, para mim, imoral. Por que não vão ouvir a população para tomar suas decisões?”, questionou.

 Ficou decidido na reunião a realização de uma audiência com o Ministério Público do Acre e o Tribunal de Justiça do Acre.

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