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Aumento da expectativa de vida no Acre fica entre os 10 maiores do país, revela IBGE

 Entre as décadas de 1980 e 2010, o Acre apresentou a décimo maior acréscimo do país em expectativa de vida ao nascer para homens e mulheres, segundo revela a publicação “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Idade”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresenta um panorama de mudanças nos níveis e padrões de mortalidade no Brasil no período de 30 anos.

 Entre as três décadas retratadas pelo IBGE, o Acre elevou sua expectativa de vida ao nascer de 60,34 anos em 1980 para 71,82 anos em 2010, representando um aumento de 11,48 anos, o 10º maior do país e superior ao aumento médio nacional (11,24 anos) e aos aumentos médios das regiões Centro-Oeste (10,79 anos), Sudeste (10,58 anos), Norte (10,01 anos) e Sul (9,83 anos).

 Em 2010, na região Norte, os 71,82 anos de expectativa de vida ao nascer para homens e mulheres no Acre eram superiores aos 70,59 anos do Amazonas, aos 70,28 anos de Rondônia, aos 71,18 anos do Pará e aos 69,93 anos de Roraima. Com 72,47 anos, só a e expectativa de vida no Amapá era superior à do Acre no Norte.

 A expectativa de vida no Estado do Acre também era superior no ano de 2010 à expectativa de vida de estados nordestinos como Pernambuco (71,14 anos), Paraíba (71,17 anos), Sergipe (71,04 anos), Piauí (69,84 anos), Alagoas (69,20 anos) e Maranhão (68,69 anos).

 O levantamento do IBGE mostra que, em 1980, a expectativa de vida ao nascer dos homens acreanos era de 58,30 anos e das mulheres de 62,88 anos. Trinta anos depois, em 2010, a expectativa de vida ao nascer dos homens cresceu para 68,68 anos e a das mulheres aumentou para 75,44 anos.

 Outro destaque do Acre no levantamento do IBGE está na taxa de mortalidade infantil de menores de um ano para cada mil nascidos vivos. Entre 1980 e 2010, o Estado apresentou decréscimo de 47,6 nessa taxa, cain-do de 69,6 mortes por cada mil nascidos vivos para 22,1 óbitos, representando o décimo maior decréscimo entre os estados brasileiros. O decréscimo da mortalidade infantil do Acre foi maior do que os decréscimos das regiões Sudeste (45,1 mortes por mil nascidos vivos), Norte (39,8), Sul (35,8) e Centro-Oeste (34,6).

 Pelos dados do estudo do IBGE, em 1980, o Acre apresentava mortalidade infantil entre os homens de 75,6 mortes para cada mil nascidos e 66,3 óbitos entre as mulheres. Em 2010, três décadas depois, a mortalidade infantil entre os homens caiu para 24,2 óbitos por cada mil nascidos e entre as mulheres reduziu para 19,9 óbitos.

Probabilidade de recém-nascido completar cinco anos
 O Acre também se destacou na parte do levantamento do IBGE que mostra, por estados e regiões do país, a probabilidade de um recém-nascido não completar os cinco anos de idade por mil nascidos vivos. Neste item, o estado apresentou o 12º maior decréscimo do país, saindo de 84,2 mortes por mil nascidos vivos em 1980 para 58 em 2010. O decréscimo do estado em 2010 foi superior aos decréscimos de 52,7 alcançados pela região Sudeste, aos 50 pelo Norte, aos 43,5 pelo Sul e aos 39,7 pelo Centro-Oeste.

 Em 1980, a probabilidade dos recém-nascidos não completarem os cinco anos no Acre era representada por 84,2 mortes por mil nascidos vivos. Em 2010, 30 anos depois, essa probabilidade desceu para 26,2 óbitos por mil nascidos. A probabilidade de óbitos no Acre até os cinco anos em 2010 era menor do que as probabilidades de mortes nos estados de Rondônia (26,9 óbitos por mil nascidos vivos), Amazonas (26,6), Amapá (29,1), Maranhão (32,7), Paraíba (26,3) e Alagoas (33,2). (Romerito Aquino)  

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