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Inativos militares comemoram equiparação do risco de vida

 Aposentados e pensionistas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros no Acre estão comemorando a equiparação da gratificação do risco de vida. A vitória só foi possível graças a uma conquista anterior: ter direito a receber o benefício, uma luta que durou três anos e foi vencida com o apoio do então senador Tião Viana.

 O pagamento da gratificação de risco de vida não havia sido estendido aos aposentados e pensionistas. “Eu fiquei muito preocupado de a gente trabalhar a vida toda e na hora de passar para reserva perder essa gratificação. Entramos com mandato de segurança, fomos três vezes a Brasília, falamos com ministros. Chegou um momento em que a coisa passou a ser mais política que jurídica”, conta o sargento José Itamar Pires, o J. Pires, que representa a categoria.

 Para a gente, esse benefício é muito importante, ainda mais agora, que estamos numa fase da vida que temos muitos gastos com medicamentos, com necessidades que a idade passa a exigir. O Tião [Viana] nos ajuda de longa data. Ele sempre ajudou a segurança pública, e nós devemos esse benefício a ele
Sargento J. Pires

 A luta continuou. “Voltei para Rio Branco pensando num médico que sempre ia visitar três velhinhos que moravam na minha rua, e todas as vezes que me via ele me cumprimentava. Eu pensei que aquele homem tinha um coração bom e ele era senador. Pensei que ele estava em condições de nos ajudar. Protocolei um documento em agosto de 2008, falei com ele, que me pediu paciência, pois a questão seria resolvida”, relembra.

 “Depois que a gente passa para a reserva, começa a precisar de dinheiro para comprar remédio, sempre tem mais necessidades para um tratamento, uma viagem. De repente a gente vê uma coisa perdida, e o senador, naquela época, nos ajudou a resgatar. Para mim, foi uma semente que foi plantada e ele continua cultivando quando faz uma comparação. Não existe vida mais importante que as outras. Ele provou que as coisas não são impossíveis quando a gente luta, mesmo com dificuldades”, justifica.  (Tatiana Campos)

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