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Não temos indústria de multas’, diz diretora do Detran sobre radares

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Após receber críticas em relação a fiscalização eletrônica instalada no estado, a diretora do Departamento de Trânsito do Acre (Detran-AC), Sawana Carvalho, convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (8). Na ocasião, ela afirmou que o objetivo maior dos radares de velocidade não é fazer ‘pegadinhas’ com os condutores ou arrecadar com multas, mas sim salvar vidas.

“Não temos indústria de multas. Mas de ‘salvar vidas’. Nós queremos, na verdade, reduzir acidentes. A fiscalização eletrônica está alocada na área central da cidade, para dar segurança tanto para o condutor como também para o pedestre. Além de dar mobilidade do trânsito para que não haja congestionamento por conta de travamento de cruzamento”, garantiu.

 Segundo ela, a escolha dos pontos para instalação dos radares foi feita após um intenso estudo técnico e análise criminal realizada em um ano de monitoramento. “Em um ponto da Avenida Ceará, por exemplo, nós tínhamos 4 acidentes com vítimas fatais no ano. Estamos no sétimo mês sem nenhuma vítima fatal depois da fiscalização eletrônica”, comenta.
De acordo com dados estatísticos do Detran, nos seis primeiros meses de 2012, foram registrados 1008 acidentes de trânsito com vítimas. Já no mesmo período em 2013,  o número caiu para 771. Uma redução de 24%. “Se a gente calcular levando em consideração o aumento da frota, nós tivemos uma redução de 29%”, ressalta.

Reforço na sinalização

 A diretora de trânsito informou que a sinalização será reforçada para que os motoristas possam assimilar melhor os locais onde os radares estão instalados. “Vamos fazer além do que a resolução do Contran estabelece. Pelos menos 100 metros antes do ponto de fiscalização eletrônica, reforçaremos a sinalização, colocando tachões no chão. Assim o condutor vai associar aquele obstáculo a um ponto de radar”, explica.

Recurso de multas

 Sawana esclareceu também para onde vai a verba arrecadada com as multas. Segundo ela, este recurso tem um prazo de 5 anos para entrar nos cofres do Detran, uma vez que os condutores têm direito a recursos administrativos em três esferas junto ao Detran. “Como a demanda é muito ampla, a gente passa de dois a três anos para julgar um processo”.
Ela destaca que a verba oriunda de multa é aplicada em educação, engenharia e fiscalização de trânsito. “Não é aplicado nos órgãos de trânsito para custeio e nem no estado. Somos fiscalizados pelo Departamento Nacional. Além disso, todo o recurso de multa é feito repasse para o Governo Federal”, finaliza.

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