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“Ninguém deixa de ser atendido aqui por falta de equipamentos”, diz gerente de hospital do Juruá

 A gerente-geral do hospital, Fabiana Gomes Ricardo, afirma que ninguém sai dali sem atendimento por falta de equipamento, ao contrário do que foi divulgado recentemente na mídia. No Centro cirúrgico estão sendo utilizadas duas salas e há 2 leitos de assistência ao recém-nascido. Tanto as salas como os leitos são suficientes para atender a demanda, garante Fabiana.

 Os leitos são equipados com monitores multiparâmetros, dois berços aquecidos,  saídas de oxigênio, ar comprimido,  vácuo, medicações de emergência, laringoscópio e outros equipamentos e insumos, além de haver um profissional técnico de enfermagem exclusivo para essa sala, sob a supervisão do enfermeiro assistencial. Ainda há um 3º berço aquecido em manutenção, mas que não causa prejuízo da assistência ao recém-nascido. Já o centro obstétrico tem quatro salas de parto.

 Ainda, quanto ao relato de que estaria havendo muitos casos de infecção hospitalar, Fabiana contesta. “Aqui temos um índice de 4,57% de infecções hospitalares, sendo que na Região Norte o índice de infecção para procedimentos obstétrico-ginecológicos é de 14%, lembrando que o Ministério da Saúde considera o índice de 15% aceitável. Assim mesmo estamos batalhando para reduzir ainda mais os casos de infecção”.

 Outra denúncia foi a de que estaria ocorrendo um número excessivo de óbitos de fetos. Fabiana explica que em 2012 ocorreram 39 óbitos fetais e, desses, 29 chegaram à unidade sem batimentos cardiofetais. Neste ano ocorreram, até agora, 25 óbitos fetais, dos quais 17 já chegaram  à unidade sem os batimentos.

 Em todos os casos de óbitos foram adotados procedimentos administrativos para apurar os fatos e apontar possíveis responsabilidades. Inclusive, o MPE e o CRM também investigam os casos. Para a gerente, não é possível afirmar que os óbitos são resultados de dificuldades técnicas ou de responsabilidade humana. Ela lembra que são atendidos muitos municípios, inclusive amazonenses, o que contribui para aumentar estes dados estatísticos, tendo em vista que muitos casos resultam do fato de muitas futuras mães não terem feito o atendimento pré-natal, o que é obrigação da atenção básica, que é de responsabilidade dos municípios. (Flaviano Schneider / Agência Acre)

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