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Asfury apresenta projeto para monitorar se médicos cumprem com expediente nos centros

 O deputado Jamil Asfury (PEN) apresentou um Anteprojeto de Lei que dispõe sobre a utilização de instrumento de registro de assiduidade para marcar a pontualidade dos médicos e servidores do Sistema Único de Saúde (SUS).

 Pelo projeto, o controle eletrônico de ponto biométrico deve ser instalado sob sistema de monitoramento de câmera, para garantir a inviolabilidade. De acordo com o texto, a implantação se dará de modo gradativo, tendo como prazo máximo de 6 meses para a sua implementação.

 O projeto recebeu críticas dos demais parlamentares, que acreditam que a matéria apresentada por Asfury não resolve os problemas da Saúde. O primeiro a fazer observações foi o deputado comunista Eduardo Farias (PCdoB). Ele afirmou que este não é o caminho. “Penso que esta sua lei precisa ser aprofundada. Estamos lidando com vidas e é uma área completamente difícil. Isso não vai resolver o problema”.

 A matéria também recebeu apontamentos do líder da oposição na Aleac, deputado Wherles Rocha (PSDB). De acordo com Rocha, isso mostra o despreparo com a Saúde Pública. “A gestão não tem capacidade para gerir. Eu fico imaginando a cena de uma paciente sendo atendida por um ginecologista e as câmeras registrando tudo”, ironizou o parlamentar.

 O deputado Walter Prado (PEN) disse, também, que esteve recentemente acompanhando uma paciente em busca de atendimento no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco e a demora foi de mais de 3h.

 “Estive no Pronto Socorro acompanhando uma paciente e lá informaram que o médico não estava. Esperamos mais de 3h para que o médico chegasse. Eu vejo que este anteprojeto não resolve, mas é uma forma de controle que precisa ser discutida”, disse o parlamentar.

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