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Perpétua Almeida destina emendas para o combate às drogas no Acre

 A deputada federal Perpétua Almeida (PC do B/AC) destina R$ 2 milhões em emendas parlamentares para a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) para o tratamento de pessoas com dependência química. A deputada falou da importância das Casas de Recuperação no sentido de apoiar o Estado nesse problema que são as drogas.

 “O poder público está dependendo do socorro que vem das entidades. É como se estivéssemos terceirizando. A solução, então, é apoiarmos essas entidades. Nada mais justo do que auxiliá-los neste trabalho importantíssimo para a sociedade”, ressaltou a parlamentar.

 Ficou acertado que a SEDES repassará a verba a 17 entidades religiosas que lidam diretamente com a questão. Desse montante, RS 1 milhão será destinado a realização de cursos e contratação de profissionais. A outra parte será destinada para a aquisição de equipamentos.

 Os recursos são provenientes do Fundo Nacional Antidrogas e refere-se a uma emenda parlamentar da deputada Perpétua Almeida ainda de 2011.

Problema Social
 De acordo com a Abead (Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas), de janeiro a setembro deste ano quase 32 mil pessoas se afastaram do trabalho para tratar da dependência de drogas. Se a essa informação for acrescida a de que nem 10% busca o tratamento voluntariamente e que o afastamento para tratamento é um recurso ainda muito recente, tem-se a dimensão do problema que está dominando o país, cuja capital industrial já tem uma das ruas centrais tomada por usuários de crack.

 Com o número atual de leitos no Brasil, de um para cada grupo de cerca de 5,8 mil pessoas, a possibilidade de dar tratamento a quem precisa de cuidados de saúde mental é quase nula.
Além dessas 3,5 mil pessoas que se licenciam do trabalho por mês, para tratamento da dependência química, existem os crimes relacionados. No Acre mais de 80% das prisões tem relação com drogas.  

 O Brasil oferece cerca de 32,7 mil leitos para internação de doentes mentais. Porém, se o país tivesse que cumprir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de manter um número de vagas na área de saúde mental suficiente para internar 0,5% da população do país, seriam necessários 950 mil leitos.

 Números do próprio MS reforçam que são necessários mais leitos no Brasil: “3% da população brasileira têm transtornos mentais severos e persistentes, mais de 6% têm transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas e 12% necessitam de algum atendimento em saúde mental, contínuo ou eventual”.

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