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Síria: os Estados Unidos e a guerra ilegítima

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
06/09/2013 - 15:26
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 Em 2008, a eleição de um jovem senador negro de 47 anos para a presidência da maior potência econômica e militar do planeta causou certa expectativa para a construção e manutenção da paz. Barack Obama carrega no próprio nome, uma descendência africana com sangue mulçumano. Acreditava-se que todos os ingredientes necessários, àquela época, para que o mundo inaugurasse numa nova relação com um país marcado pela guerra e por intervenções ilegítimas, à margem do sistema das Nações Unidas estavam postos.

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 Chegou prometendo o fortalecimento do multilateralismo, prioridade aos direitos humanos e a retirada das tropas do Iraque e do Afeganistão. Retórica que lhe valeram um Nobel da Paz! O presidente parece ter esquecido seus próprios ideais ao continuar a mesma postura de seus antecessores.

 E a máscara cai por terra definitivamente quando Obama anuncia que está pronto para intervir na Síria onde mais de 200 mil pessoas já morreram em um conflito que misturas inúmeros interesses. E o fará à margem do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ouvindo apenas o Congresso norte-americano.

 Os EUA, membro permanente do principal mecanismo de governança global joga no lixo a mais importante ferramenta que regula as relações internacionais: a legitimidade. Repetindo George W. Bush, o presidente democrata dá as costas à ONU tornando a autorização de seus deputados e senadores suficiente para transformar a Síria num inferno ainda pior.

 Então, à que serve a ONU e o seu Conselho de Segurança?
 
 No sábado, 31, Obama revelou que discutirá o assunto com os líderes partidários e que o Congresso dos EUA votará a intervenção no dia 9. Não satisfeito em ignorar a existência de um mecanismo para lidar com o tema, fez questão de dizer que: “Apesar de acreditar que eu tenha autoridade para realizar [um ataque] sem a autorização do Congresso, nosso país vai ser mais forte se nós fizermos [a discussão]”. Nenhuma linha sobre levar o debate ao Conselho de Segurança ou envolver a comunidade internacional numa saída para a Síria.

 Igual argumento fora usado para invadir o Iraque, com supostas denúncias até hoje não comprovados, foram úteis para ceifar milhares de famílias e saquear suas reservas petrolíferas.

 Repetindo a receita, é claro que uma intervenção militar na Síria irá agravar ainda mais a situação. O país de 23 milhões de habitantes, incrustado entre Líbano, Israel, Jordânia, Iraque e Turquia, será a ponta de lança de uma guerra em todo o Oriente Médio com consequências gravíssimas para o resto do mundo.

 O patrocínio ao acirramento do conflito serve tão somente à indústria da morte, seja de que lado for.

 Para uma intervenção militar limitada, dirigida às estruturas de segurança do Estado sírio – Defesa, Interior e Inteligência – bastariam alguns mísseis Tomahawk armazenados nos navios de guerra estacionados no Mediterrâneo. Os ataques não teriam como objetivo eliminar Bashar Al-Assad e nem mesmo alterar ou acelerar o ritmo da guerra.

 Talvez os EUA busquem se afirmarem como potência única, com poder de inserção e destruição em qualquer lugar do mundo, pois a anunciada intervenção terá pouco ou nenhum efeito sobre a solução definitiva para o conflito e mergulhará a região em mais instabilidade. Confirmada, arrastará o Irã, envolverá Israel, punirá os palestinos.

 Os países do BRICS, mais a Turquia, devem chamar para si a responsabilidade pela preservação do sistema multilateral. Seus líderes estarão reunidos em São Petesburgo, nos dias 5 e 6 de setembro e precisam discutir alternativas à crise síria que constranjam as pretensões bélicas dos EUA.

 Ao Brasil, cabe pressionar como ator de credibilidade naquela região, para que a responsabilidade ao proteger seja observada pelos lados em combate e por aqueles que tencionam intervir. Cabe ainda, à Liga Árabe, foro legítimo de concertação política regional, construir as bases de um acordo que ponha fim há quase três anos ininterruptos de guerra.

 A intervenção militar ocidental no Iraque não pode ser transformada apenas em páginas inócuas nos livros de história, precisa servir de exemplo para algo que já não se tolera e os EUA deveriam entender de uma vez que o mundo mudou que a realidade é outra e que a guerra como instrumento para a paz é algo simplesmente inaceitável.

* Perpétua Almeida é deputada federal pelo PCdoB do Acre. É vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e presidente da Subcomissão Permanente dos Projetos Estratégicos das Forças Armadas

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