Apesar de alguns estados já estarem em greve, o Correios no Acre decide na próxima terça-feira, 17, a partir das 18h30 se vão aderir ao movimento. A presidente do sindicato dos Correios no Acre, Suzy Cristine, acredita que a categoria deverá decidir paralisar as atividades mesmo com a proposta de reajuste de 8% nos salários oferecida pela direção nacional da empresa.
Mesmo com a greve em 10 dos 35 sindicatos em todo o Brasil, Toda a rede de atendimento dos Correios continua aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o Banco Postal, estão disponíveis.
“Até mesmo os estados que estão em greve não aceitaram a proposta visto que só a inflação está em mais de 7%, então seria apenas 1% de aumento real e isso a categoria não quer”, destaca a presidente.
Os serviços de entrega e postagem de encomendas com hora marcada e Disque Coleta nos seguintes locais: Pernambuco, Paraíba, Rio de Janeiro, Tocantins, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo, estão paralisados.
Os Correios mantiveram ontem 78% da carga em dia, o que equivale a 22,8 milhões de cartas e encomendas. O restante continua sendo encaminhado no fluxo postal. Para garantir a prestação de serviços à população, os Correios já estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios. Entre as medidas que podem ser adotadas estão o deslocamento de empregados entre as unidades, realização de horas extras e mutirões para entrega nos fins de semana.
Correios afirmam que entre 2003 e 2012, o ganho real dos trabalhadores foi de 36,91%, acima da inflação do período. Hoje, a empresa paga em média uma remuneração de R$ 2.149,72 aos carteiros, considerando o salário e os adicionais como anuênio, quinquênio e adicional de distribuição e coleta, entre outros.
Todos os trabalhadores dos Correios também têm benefícios como assistência médica, hospitalar e odontológica, inclusive para dependentes. A empresa destina atualmente 65% de sua receita de vendas ao pagamento dos salários, benefícios e encargos.