Os pequenos negócios tem demonstrado uma ascendência indiscutível nos últimos anos. Mas algumas cargas tributárias impedem este crescimento das micro e pequenas empresas no país. E no Acre, assim com em muitos estados, estes obstáculos são grandes.
Uma pesquisa divulgada na manhã desta quinta-feira, dia 19, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revelou que as pequenas empresas no Acre tem a 4ª maior carga tributária do país. De fato, o estudo aponta que as firmas deste porte empresarial (isto é, aquelas que optaram pelo Simples Nacional) recolhem em torno de 7,55% do seu faturamento anual em impostos.
Em outras palavras, de cada R$ 100,00 faturado por uma pequena empresa no Estado, pelo menos 7 reais e 55 centavos são destinados ao pagamentos de impostos locais e federais.
À frente daqui, apenas as micro e pequenas empresas do Mato Grosso (8,62%), da Bahia (8,61%) e do Amazonas (7,84%) sofrem com uma tributação maior do que a acreana. Do outro lado, o Paraná, com uma taxa de recolhimento de tributos de 4,66% (quase 3 pontos percentuais abaixo do Acre), é o melhor estado para as pequenas empresas se instalarem, seguido do Rio de Janeiro (carga tributária média de 5,3%), Rio Grande do Sul (5,32%) e Goiás (5,48%).
Vale destacar que o teto do Simples Nacional é de R$ 3,6 milhões, e os tributos podem até serem uniformizados. Porém, esta taxa de arrecadação com impostos depende do que os órgãos de cada estado aplicam sobre as firmas que aderem ao Simples Nacional. Alguns isentem impostos, outros acrescentam taxas… e assim surgem as variações no ambiente tributário, apontadas na pesquisa da CNI/Sebrae.