Apenas o Acre e Minas Gerais não se deram bem no tocante à geração de empregos em todo o país. De acordo com o balanço referente ao mês de agosto do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged, que é vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego), divulgado na manhã de ontem, dia 20, o Acre não teve, em tese, um saldo de criação de empregos no mês passado. Ao contrário, o Estado fez foi perder 47 postos de trabalho em agosto (-0,06%).
Os 3 setores econômicos que mais puxaram as perdas de vagas no mercado de trabalho acreano foram a Indústria de Transformação (-59 postos), o Comércio (-45 postos) e a Agropecuária (-27 postos).
O saldo de postos celetistas de trabalho é obtido através da diminuição entre as admissões com as demissões no mês. No caso local, o Acre teve em agosto mais de 3.300 novas contratações. Por outro lado, também teve um número maior de demissões. No cálculo do Caged, o Estado acabou ficando com 47 demissões a mais do que o de contratações.
Com tal saldo negativo, o Acre fechou agosto como o 2º pior estado brasileiro no que diz respeito à geração de emprego. Minas Gerais ficou na frente, com uma perda de 1,7 mil postos de trabalho celetistas – isto é, aqueles com a devida regulamentação junto ao Ministério do Trabalho. Do outro lado do ranking, os estados que mais geraram emprego em agosto foram São Paulo (com um saldo positivo de 39,5 mil), Paraná (12,2 mil) e Rio de Janeiro (10,1 mil).
Em todo o país, 127,6 mil novas vagas de emprego foram geradas. Um contraste com o saldo negativo do Acre. Esta é a 2ª vez na história do estudo do Caged, que é realizado desde 2003, que o Acre fecha agosto com um número no vermelho. A outra vez havia sido em 2007, quando agosto registrou uma perda de 53 vagas no mercado de trabalho local.
Apesar da baixa em todo o Estado, as 2 maiores cidades acreanas tiveram um pequeno alento na suas gerações de empregos. Rio Branco fechou o mês passado com 1.890 novas contratações e 1.832 desligamentos de funcionários. Ou seja, houve um saldo de 58 vagas criadas na Capital (0,09% de alta sobre julho). Já o município do Juruá contabilizou em agosto 239 admissões e 219 demissões, resultando em um saldo positivo de 23 novos postos de trabalho criados (0,41%).
No valor acumulado do ano, o Acre segue com um bom saldo nos 8 primeiros meses deste ano. De fato, desde janeiro até o mês passado já são 1.554 novos postos de trabalho gerados, o que representa um acréscimo de quase 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.