A S.O.S Amazônia promove nesta segunda-feira, 23, no Anfiteatro Garibaldi Brasil, na Ufac, Mesa Redonda sobre a temática ‘Economia Florestal – Viabilidade das cadeias de valor dos produtos florestais não madeireiros no Acre e estados vizinhos’. O evento faz parte da programação do aniversário de 25 anos de atuação no Acre.
Farão parte da mesa Thiago Cunha (professor de Engenharia Florestal da Ufac); José Rodrigues de Araújo (membro do Conselho Nacional das Populações Extrativistas/CNS); Manoel Monteiro (da Cooperacre); e a farmacêutica Silvia Basso (da Funtac). O evento será moderado pelo especialista em marketing Robson Penellas Amaro.
“Queremos levar a discussão dos produtos não madeireiros, como borracha, açaí, cacau, castanha, oleaginosas. Se ela for bem trabalhada, pode gerar renda para as comunidades florestais e diminuir o impacto de uso da floresta, como o desmatamento, por exemplo. É um casamento entre geração de renda e preservação da floresta”, explica o diretor geral da S.O.S Amazônia, Miguel Scarcello.
Durante o evento será anunciada a aprovação do projeto da instituição junto ao Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que envolve 3 cadeias: borracha, cacau nativo e murmuru.
Miguel destaca que é necessário trabalhar com produtos diferentes para agregar valor. “Queremos provocar os palestrantes e a plateia a sugerir e opinar sobre como estas cadeias podem se tornar rentáveis às comunidades”, confirma.
Aniversário de 25 anos
No dia 30 de setembro, a S.O.S Amazônia comemora 25 anos de atuação. E o novo projeto tem como objetivo resgatar o histórico da instituição, manifestar opinião sobre a importância dessas cadeias e anunciar uma iniciativa nova neste sentido.
E um dos temas trabalhados tem sido o fortalecimento da cadeia de valor de produtos florestais não madeireiros. A missão é promover a conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e o crescimento da consciência ambiental na Amazônia.
A entidade é resultado de uma expressão popular. A entidade foi criada na década de 80, período de maior combate ao desmatamento. Um grupo de estudantes, profissionais liberais e representantes do movimento comunitário e social defende, de forma articulada, a ideia de que, na Amazônia, melhorar as condições de vida dos homens guardava relação direta com preservar a floresta.
Com a adesão de representantes do movimento social, a S.O.S Amazônia teve Chico Mendes como um dos fundadores. Desde então, o grupo passou a denunciar e mobilizar a sociedade frente às crescentes agressões sofridas pela Floresta Amazônica.
Duas décadas se passaram. O aperfeiçoamento da capacidade técnica e da gestão da organização consolidou uma identidade político institucional ímpar e de grande importância no cenário regional, tornando-a conhecida no país e internacionalmente.