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Ministério da Saúde incluiu a vacina contra coqueluche para gestantes

 A decisão do Ministério da Saúde em incluir a vacina contra a coqueluche para gestantes foi oficializada via portaria publicada no “Diário Oficial” da União. Preocupados com o aumento no número de casos da doença a vacina será oferecida a partir de 2014.

 Com a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes, o governo busca dar imunidade, indiretamente, aos bebês. Dados oficiais indicam que 70% dos casos de coqueluche em 2011 foram em crianças menores de um ano, e 92% em bebês de até sete meses de idade.

 Em 2011, o país registrou 55 mortes pela doença, todas entre crianças menores de seis meses de idade. Dados do governo federal indicam que, em 2011, foram registrados 2.258 casos de coqueluche no Brasil. Desse total, 70% foram em menores de 1 ano. Em 2012, o número passou para 4.453 casos (aumento de 97%), sendo que 85% dos registros foram em menores de 6 meses.

 Em 2011, 97,8% das crianças foram imunizadas contra a doença. Em 2012, a cobertura vacinal chegou a 88,78% (dados preliminares até novembro). A letalidade pela doença é baixa (2%). Em 2011, foram 56 óbitos. No ano seguinte, 74 mortes foram registradas.

 O esquema vacinal da criança contra a coqueluche começa com uma primeira dose de vacina aos dois meses de idade; a segunda é dada aos quatro meses, e a terceira aos seis meses. Dois reforços são dados: um aos 15 meses e um aos quatro anos de idade.

 Na avaliação do ministério, crianças menores de seis meses de idade são as mais vulneráveis à doença, por não terem completado o esquema básico de vacinação, com as três primeiras doses.

 Assim, ao vacinar as mães, o governo pretende ampliar a imunidade da criança e evitar um canal de transmissão ao bebê.

“A vacinação de gestantes poderá contribuir tanto para a diminuição da transmissão da doença para o lactente precoce, como poderá oferecer proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal”, diz um dos relatórios do governo feitos no processo de autorização da vacina no SUS.

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