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Moradores denunciam péssimas condições de infraestrutura em rua do Tancredo Neves

 Moradores da Rua São Francisco, no bairro Tancredo Neves, reclamam da falta de infraestrutura no local. A situação se agravou após o programa Ruas do Povo começar o processo de saneamento básico. Para isso, o asfalto precisou ser quebrado. Um ano depois, o esgoto, buracos, cano estourado e a lama passaram a fazer parte do dia a dia dos habitantes dali.

 O professor Francisco Sousa Vasconcelos mora no bairro há 11 anos. Ele fez da varanda da casa uma igreja evangélica para a comunidade. O morador conta que antes a rua era de tijolos e já carecia de reparos.

 No início do ano passado, a Rua São Francisco foi asfaltada, por meio do programa Ruas do Povo. No entanto, em menos de 2 meses, uma empresa contratada pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) quebrou o asfalto do local para inserir uma nova encanação.

 “A questão é que depois desse dia eles não voltaram mais. Isso tudo é um transtorno pra gente. Até as pessoas que costumavam vir à igreja na minha casa se sentiram prejudicadas. Para chegar até aqui é uma luta. Essa lama toda foi causada pelo cano que quebrou. Estamos no período de estiagem. Nosso medo é que chegue o inverno amazônico. Como vamos ficar?”, desabafa o professor.

 De acordo com a dona de casa Marli Freire, a questão do esgoto estourado está preocupando toda a vizinhança. “Temo pela saúde das crianças. Elas gostam de brincar na rua e, infelizmente, no último ano o local não está apropriado para isso. Tenho 2 netos e sei de colegas que têm vários filhos. Não temos outro lugar para morar, por isso queremos que reparem este dano”.

 Para o auxiliar técnico, Edson Gonçalves, os transtornos chegam a ser financeiros. Ele conta que lavar o carro é um gasto de dinheiro, se for para enfrentar a lama da rua. “Pedimos às autoridades mais humanidade para conosco. Estamos tendo que conviver com isso desde o ano passado. Quando realizaram a troca, a promessa era de que, dentro de 3 dias, iriam repassar a camada de asfalto para corrigir o que eles estavam fazendo. O cano que eles coloram não suportou a demanda do esgoto e hoje corre a céu aberto”, denuncia.

 A equipe de A GAZETA levou a situação ao conhecimento da direção do Depasa. De acordo com a assessoria, a obra foi necessária para instalar a rede de água e esgoto, que não existia no local. A demora na recuperação da rua se deve a uns contratempos. Segundo o Depasa, os trabalhos serão retomados ainda neste mês, mas nenhuma data oficial foi anunciada.

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