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Pai denuncia suposto sequestro da filha de 14 anos

Ozias Alves Ribeiro não vê a filha desde a quinta-feira da semana passada, dia 19. Ele alega que a filha, uma moça de apenas 14 anos, foi ‘sequestrada’ (ou pelo menos é este o termo que Ozias prefere usar) pelo namorado dela e pela mãe do rapaz. Já tendo feito denúncia na Procuradoria da Infância e Juventude do MP/AC e no Conselho Tutelar, além de BO no Juizado do Menor e no Nucria, o pai apela, desesperado, para que a filha apareça e que se afaste da influência do namorado.

Ozias alega que o drama todo em sua casa começou há cerca de 6 meses, quando a filha engatou o namoro com o rapaz (de idade não revelada, mas para Ozias ele teria dito ter 17 anos). O pai contou que a menina, antes de conhecer o namorado, era dócil, religiosa e tinha bom desempenho na escola. Contudo, o namoro a mudou. E, segundo ele, as mudanças foram péssimas.

“Ela parou de frequentar a igreja, deixou o colégio de lado e passou a ser agressiva com todos. Enfim, se revoltou. Tudo por causa deste namoro. A gota d’água foi quando descobri que o rapaz estaria dando entorpecente para a minha menina. Encontrei com ela 1 tablete de maconha. Fiquei furioso e proibi o namoro”, desabafa o trabalhador.

Mas a proibição não deu resultado. Na semana passada, Ozias e sua filha brigaram. Na quinta-feira, depois de ir à escola, a jovem teria ligado para a mãe do namorado para ir buscá-la. Daí, ela não mais voltou para a casa do pai. Ozias tentou, insistentemente, falar com ela e convencê-la a voltar ao seu lar. Foi inútil. Sem êxito nos apelos do pai, o caso foi parar na delegacia.

Ainda no final da semana passada, foi emitido um mandado de busca e apreensão da jovem e ela foi para o abrigo Dr. Maria Tapajós, ficar sob a guarda do Estado. Detalhe: Ozias só soube do paradeiro da filha após pessoas do abrigo lhe ligarem, informando que a menina estava lá. Porém, no sábado, após mais impasses entre o pai e a família do namorado em delegacia, a adolescente saiu do abrigo. Ozias acredita que a fuga aconteceu graças à ajuda da família do namorado.

Desde então, ele seguiu tentando achar sua filha. A mãe do rapaz, inclusive, parou de atender o telefone, seja para Ozias, seja para as autoridades que tentam dar uma solução para o caso.

O telefonema, 5 dias depois – Ao vir denunciar a história para A GAZETA, no final da tarde de ontem (24), Ozias recebeu uma ligação da filha. Era a 1ª vez, desde a quinta passada, que ela voltava a falar com ele. Ozias acha que a garota ligou por temer que a família do namorado se prejudique com o sumiço dela. Ele a pediu que comparecesse, junto do namorado e dos familiares dele, a uma reunião na Procuradoria de Defesa da Infância e da Juventude do MP.

Apesar da jovem ter concordado, Ozias não sabe se a família do namorado vai querer que ela vá com eles se encontrar com autoridades,  na busca de uma solução para este drama todo.

“Considero isso tudo um sequestro. E, se ela não aparecer, vou atrás dela e ainda buscarei meus direitos contra as pessoas que aliciaram a minha filha”, finalizou Ozias.      


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