O deputado federal Sibá Machado (PT/AC) disse que o Marco Regulatório da Ciência e Tecnologia será aprovado até dezembro pela Câmara Federal. Sibá acrescenta que há uma movimentação nacional para que, assim que a matéria seja encaminhada ao Senado, ela já seja posta em votação. A previsão é de que o Brasil deixe de importar 85 bilhões de dólares em produtos de valor agregado e torne-se um exportador destes bens.
O parlamentar acreano é o presidente da Comissão que analisa o novo Marco Regulatório da Ciência e Tecnologia. Ele salienta que o Brasil precisa dar um salto em desenvolvimento tecnológico, principalmente no que diz respeito ao fortalecimento da pesquisa no país.
“O Brasil precisa fazer uma melhor distribuição de investimentos. Para se ter ideia, em 9 estados que compõem a Amazônia, atuam apenas 4 mil doutores. Enquanto isso, só a Universidade de São Paulo (USP) tem 3 mil doutores. Além disso, dos investimentos em Ciência e Tecnologia, 97% ficam no eixo Rio, São Paulo e Minas. O resto do país capta só 3%. É muito pouco”, argumenta o deputado petista.
Sibá apresentou uma proposta um tanto ‘ousada’. O parlamentar disse que está buscando junto ao Governo Federal um investimento na ordem de R$ 10 bilhões para a permanência de 10 mil doutores na Amazônia. “Não se pode mensurar os ganhos, em um período de 10 anos. Isso significa fortalecer a agricultura e a preservação florestal”, ressalta.
Quanto ao Acre, ele destacou que a ideia é transformar o Estado em um grande exportador de cientistas e engenheiros. Afirmou, também, que os investimentos do Governo Federal, por meio da Eletrobras, em um laboratório de ponta irão atrair estudantes e pesquisadores, além de fortalecer o curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Acre (Ufac).
O deputado acreano lamentou que a Câmara e o Senado não tenham uma agenda que atenda, de fato, os interesses do povo brasileiro e citou exemplos de projetos que estão parados na Câmara. “Por conta desta disputa entre Câmara e Senado, projetos como o Código Penal, o Marco Civil da Internet, entre outros, estão parados. Mas, no caso do Marco Regulatório da Ciência e Tecnologia, tenho procurado conversar com os senadores para darmos a maior celeridade possível”, finaliza.