Bom dia, meu nome é Narciso Soares Netto e recentemente, após ver noticiário na TV sobre o esforço que o Ministério Público Estadual vem fazendo para se aproximar da população, busquei auxilio junto ao MPE para atendimento do Seguro DPVAT.
Infelizmente ainda falta muito para que o MP consiga o intento de ser mais próximo.
Envio texto relatando o atendimento que tive hoje, dia 2 de outubro, na sede do MPE.
Muito bonita a ação do Ministério Público Estadual de levar seus serviços aos bairros e assim estar mais próximo da população. O primeiro contemplado com a ação foi o bairro Taquari. Ações como essas, que podem e devem ser ampliadas, servem para auxiliar à todos, principalmente pessoas mais carentes e menos informadas de seus direitos e cidadania.
O fato de o Ministério Público Estadual estar ou querer estar mais próximo da população garante e reafirma a cidadania de todos. Infelizmente essas ações se perdem em pequenos detalhes do dia a dia que tiram a grandeza da intenção de mostrar que o Ministério Público Estadual é um parceiro da população e que, como bem disse um promotor entrevistado em um jornal local, servidor público tem como definição aquele que serve o público.
Como dizer que o Ministério Público quer a aproximação do público se para entrar na sua sede para conseguir simples informações, no meu caso informações dobre o Seguro DPVAT, é necessário preencher um cadastro e prestar informações com CPF, Carteira de Identidade, endereço, telefone para contato, foto e outras que não sei dizer, pois me recusei a continuar com o constrangimento. Ao sair fiquei imaginando duas cenas, a primeira é o apuro que deve passar um sem teto, uma criança ou adolescente em risco ou um morador da zona rural que procure o Ministério Público e não consiga satisfazer todas as exigências para entrar no prédio e buscar o auxilio que procura. A outra cena foi como deve ser constrangedor para as autoridades, os “doutores”, os bem-nascidos, os “bacanas”, os amigos do poder ter que responder a todo o inquérito que é feito para que se possa ter acesso ao prédio. Se bem que nesse caso não creio que esse zelo extremo de segurança se aplique a eles.
Outro fato que chama a atenção é saber, em tempo de espionagem na internet, grampos e todos os tipos de maracutaias, como por exemplo, a venda de dados pessoais para criminosos, qual a segurança oferecida pelo MPE quanto a guarda dos dados informados.
Diz um ditado que “de boas intenções o inferno tá cheio” e se realmente a bela e louvável intenção do Ministério Público é se aproximar da população, então que este busque rever alguns conceitos. Somos um povo ordeiro e hospitaleiro é estranho ser convidado a frequentar uma casa e ser tão destratado. Acredito que isso é apenas falta de costume afinal essa é a primeira vez que o Ministério Público busca agir como igual, acredito que essas asperezas podem ser suavizadas. Afinal se você me convidou para ir à sua casa no mínimo seja hospitaleiro.
Abraços,
Narciso Soares Netto.