Segundo o coordenador do DSEI-ARJ, Eric Daniel Cantuária, o Mais Médicos veio em boa hora. Isso porque municípios mais isolados como Porto Walter, Marechal Taumaturgo e Jordão estão sem médicos há quase dois anos e mesmo com o DSEI oferecendo salários compensadores não houve candidatos às vagas.
O DSEI-ARJ compreende oito municípios e tem 126 aldeias cadastradas. O órgão solicitou ao programa seis médicos: “A necessidade de médico nessa região é total. Temos escassez deste tipo de profissional. Com a vinda de Sonia, muitos outros se animarão a vir”, avaliou Eric.
Segundo o coordenador, a saúde indígena funciona atualmente de forma itinerante, com escalas de 18 dias em determinadas áreas, buscando o paciente onde ele estiver. “No futuro, com a construção dos postos de saúde, poderemos concentrar essas equipes, continuar o Saúde Itinerante e, assim, ampliar o número de profissionais para atender as comunidades”.
Solidariedade – Sonia Gonzales tem 25 anos de profissão, 7 deles atuando na Venezuela. Para ela, o trabalho em outros países, onde há carência de mão-de-obra, é importante aos médicos cubanos. A profissional conta que são três os sentimentos – internacionalismo, solidariedade e humanidade – que os levam a trabalhar fora e que, atualmente, atuam em 59 países.
Segundo a médica, não foi sua a decisão de vir para Porto Walter e sim da comissão responsável pelo programa em Brasília, que escolheu 46 médicos cubanos para trabalhar em solo indígena. “Fui escolhida e estou muito contente de trabalhar lá. Espero dar todo meu conhecimento e experiência para essa população”, disse. (Flaviano Schneider / Agência Acre/ Foto: Onofre Brito)