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Peritos do Incra realizam manifestação

 Peritos federais agrários e engenheiros agrônomos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) protestaram nesta quinta-feira, 3, contra baixos salários e melhores condições de trabalho. Além disso, a categoria mostrou para a sociedade o abandono do Governo Federal para as questões fundiárias no Brasil.

O delegado sindical no Acre, Jeferson Souza, confirma que são 23 profissionais no Estado e que em todo o país são 1.300. “Com esse efetivo tínhamos condições para exercer nossa função, mas sem estrutura e com baixo salário não somos motivados”, confirma.

 De acordo com o sindicato nacional dos peritos federais agrários (SindPFA), em 2013 o Incra caminha para estabelecer um novo recorde,já que a três meses para encerrar o ano, nenhum decreto foi assinado pela presidente da República declarando algum imóvel rural de interesse social para fins de reforma agrária.

 Se confirmar este resultado, será o pior de todo o período democrático, que até agora tem o Governo Collor, no ano de 1992, o resultado mais baixo, com apenas 4 decretos para esse fim. Diante desse cenário, a categoria anuncia a nota de falecimento da reforma agrária.

 A paralisação do programa, segundo os peritos do Incra, refletem uma decisão de governo, de realmente cessar a reforma agrária no Brasil. O descaso e incompetência administrativa da direção do Incra foram responsáveis por manter os salários dos Peritos Federais Agrários nos mais baixos patamares em comparação às carreiras assemelhadas dos últimos onze anos, denunciam a categoria.

 Os salários dos engenheiros agrônomos do Incra, que eram idênticos aos salários dos engenheiros agrônomos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no ano 2000, hoje representam apenas 40% do que ganham os colegas do MAPA.

 Os Peritos Federais Agrários denunciam ainda que a presidência do Incra quer atribuir a eles a responsabilidade pelos baixos resultados em 2013, devido o enfrentamento que a categoria tem travado com a direção do órgão. As negociações salariais com a categoria não prosperam desde 2010. Eles acusam o governo de intransigência e de querer acabar com o Incra.


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