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Médico vem ao Acre indicar as várias formas de combater a obesidade

A última pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) apontou Rio Branco como a capital brasileira com maior número de pessoas com excesso de peso. Na cidade acreana, 21,3% das pessoas estão obesas, sendo que 18,5% são homens e 23,9% são mulheres. Para combater este índice, o endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), Alfredo Halpern, em entrevista exclusiva A GAZETA, dá algumas dicas para quem deseja manter um peso saudável.

De acordo com o médico, a obesidade deve ser tratada com seriedade. Muitos são os causadores da doença, desde problemas de sono e estresse até fatores genéticos. “Também é possível relacionar o sedentarismo e a falta de uma alimentação adequada ao aumento da obesidade no Brasil, que pulou de 11% em 2006 para 17% em 2012”, informa.
O que entra pela boca pode definir muitas coisas na saúde. Por isso, é necessário seguir uma dieta que contenha todos os grupos alimentares que são essenciais para o organismo, explica Alfredo.

Mas quem acha o papo de dieta muito chato não precisa se preocupar porque, segundo o endocrinologista, é possível se alimentar de maneira saudável. Comer certo não quer dizer que as refeições devem ser privadas de sabor. “Apesar de mudanças simples no cardápio fazerem a diferença, muitas pessoas acreditam que é necessário eliminar quaisquer alimentos que considerem saborosos para sair do quadro de obesidade. Substituições inteligentes são muito importantes para quem quer adotar uma dieta balanceada. Um exemplo é trocar o requeijão, rico em gorduras saturadas, pela maionese, que tem poucas calorias e contém 57,5% de gorduras poli-insaturadas”, indica.

Alfredo Halpern salienta que é importante procurar consultar um médico especialista antes de qualquer atitude. Um profissional pode conseguir entender as necessidades de cada organismo diante de um quadro de obesidade. Ele indica ainda, praticar exercícios físicos e alterar a alimentação para atingir resultados mais satisfatórios. “Para aliar esses elementos, é importante fazer escolhas inteligentes na hora de montar o cardápio. Um exemplo é a substituição das gorduras ‘ruins’ (saturadas, presentes em carnes e derivados de leite integral e trans) pelas gorduras ‘boas’ (mono e poli-insaturadas, de um modo geral encontradas em alimentos de origem vegetal, como a maionese)”, sugere.

Diante de um quadro de obesidade, muitas pessoas recorrem à cirurgia bariátrica. O recurso extremo pode ser uma opção eficiente a quem não responde ao tratamento clínico, mas algumas ressalvas devem ser levadas em consideração. “É importante ressaltar que os cuidados vão além do momento da cirurgia. Alguns podem precisar se cuidar com vitaminas complementares, fazer consultas com médicos especialistas por longos períodos, entre outros”, explica.

O endocrinologista indica a cirurgia para pessoas com excesso de peso que possam ter alguma doença associada à obesidade, como hipertensão, diabetes ou apneia do sono. “Atualmente, os riscos da cirurgia são cada vez menores – a mortalidade cirúrgica para redução de estômago é equivalente à cirurgia de vesícula: 0,3% dos casos”, revela. (Foto: Divulgação)


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