Seguindo o comando nacional, os bancários, em assembleia realizada na tarde de ontem, 7, decidiram recusar a nova proposta da Federação dos Nacional do Bancos (Fenaban) e manter a greve. Mais de 500 trabalhadores já aderiram à paralisação no Acre.
Na sexta-feira, 4, a Fenaban, apresentou uma proposta de reajuste salarial de 7,1%, 7,5% no piso de convenção coletiva e 10% na PLR fixa. Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, a ação é indecente e deve ser repensada. “Eles melhoraram a sugestão, mas ainda estão muito distante do que queremos”, reclama.
O presidente explica que as reivindicações não são exageradas, pois, segundo ele, os bancos aumentaram o seu lucro em 55%. “Eles anunciam estes lucros exorbitantes em detrimento do trabalho e do esforço dos bancários. Porém, na hora de negociar um aumento, vêm com essa palhaçada, sem respeitar a nossa categoria”, afirma.
Além do Acre, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e o Rio de Janeiro também rejeitaram a proposta.
Durante a greve, apenas 30% dos bancários continuam realizando os atendimentos. No entanto, o número reduzido é insuficiente para suprir a demanda da população. O presidente aponta que em alguns bancos não está sendo possível processar os depósitos em caixas eletrônicos. “A gente reconhece o transtorno, mas pedimos apoio da sociedade neste momento.
Façam reclamações ao Procon, vão ao MP, reclamem ao Banco Central. Quanto mais os banqueiros se sentirem pressionados, mais rápido eles irão apresentar uma proposta decente para suspender a greve”, orienta.
Entre as reivindicações estão reajuste salarial, adesão de mais trabalhadores, segurança bancária, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, concurso público e o fim das demissões involuntárias.